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Alta Floresta: prefeitura adia reposição para janeiro e sindicatos protestam

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A prorrogação da reposição salarial de 7,16% para os profissionais da Educação foi discutida ontem entre prefeitura, câmara e sindicatos. O percentual será pago em três parcelas. Inicialmente, estava previsto para ser a partir de julho desse ano, mas o novo projeto adia para janeiro de 2010. A mudança nas datas foi debatida entre o presidente da câmara, Dida Pires, o  vice–prefeito, Luiz Antonio Ferreira de Melo, os vereadores Francisco Militão, Ângelo Campos, Tuti, Éden Silva, Nilson Rodrigues, Emerson Machado, Lau da Rodoviária, Charles Miranda Medeiros com representantes do Sintep, Mônica Gonzaga Marques, Henrique Lopes, Dirceu Blanski e Maridilva, além dos representantes do SISPUMAF – Humberto Ferreira, Gilberto Almeida e Marcelo Weber, além do secretários, Rodrigo Arpini (Administração), Júlio Giacomim (Finanças), Robson Valadão(Planejamento) e Rogério Colicchio (Educação). 

O vice-prefeito disse que a não aprovação da reposição é porque a previsão de arrecadação não será concretizada e surgiu a dificuldade financeira. Explicou que alguns benefícios recebidos pelo município através de convênios acabam gerando ainda mais despesas. Afirmou que esse adiamento de reposição não prejudicará a negociação de novo reajuste, em dezembro, afirmando que haverá recurso para isso. Luiz Antônio pediu compreensão da classe.

O presidente do SISPUMAF, Humberto Ferreira, afirmou que a categoria não vai aceitar o proposto pelo executivo municipal, a não ser que a classe dos funcionários aceite a proposta. A prorrogação da reposição salarial pegou a categoria de surpresa, pois a reposição deveria ter ocorrida em dezembro de 2008, como não ocorreu houve assembleia com o secretário de Educação, Rogério Colicchio, que fez o compromisso de fazer a recomposição salarial em abril deste ano.

O presidente Dida Pires falou das dificuldades enfrentadas pelo município, devido ao aumento de despesas e queda da arrecadação. “Há uma preocupação quanto à possibilidade de demissões, e por isso algumas medidas, como redução de salários, foram tomadas, para que não aconteçam às demissões”, comentou o parlamentar.

O vereador Nilson Rodrigues se manifestou favorável a classe, pois não entende como uma reposição aprovada há três meses, agora é mudada para o próximo ano. Já o vereador Reinaldo de Souza “Lau da Rodoviária”, disse que acompanhará e apoiará o que a classe decidir, pois não acha justa uma decisão tomada através de projeto, ser adiada para janeiro, sem qualquer garantia que a reposição será feita em 2010.

O vereador Emerson Machado também no uso da palavra disse que irá apoiar a decisão da classe.
Já o líder da prefeita na câmara, vereador Francisco Militão, disse o corte financeiro da prefeitura irá atingir alguém, mas a prefeitura municipal está tentando fazer de uma forma que prejudique o menos possível os servidores. “A Câmara se dispôs em deixar de realizar alguns projetos para colaborar com a redução de gastos da prefeitura”. Eu entendo o posicionamento dos sindicatos, no entanto o objetivo da prefeitura é evitar demissões. Afirmou que ninguém é contra o sindicato, apenas está se tentando buscar uma solução em razão da redução de arrecadação do município. “O objetivo da administração é evitar demissões e que não é contra os sindicatos”, frisou o parlamentar.

O vereador Charles Miranda de Medeiros disse que não adianta buscar um culpado. O parlamentar concorda que existe uma recessão, com redução de recursos em todas as esferas, no entanto o servidor tem seu direito e deve ser respeitado. “Eu defendo o direito dos funcionários quanto à reposição, mas também se preocupa com a possível demissão dos funcionários contratados” frisa Charles.

O vereador Ângelo Campos no uso da palavra, disse que o PR teve reunião com a prefeita sendo colocado à mesma que os vereadores acompanharão a decisão dos funcionários. “Jamais iríamos contra um direito adquirido da classe” comenta.

O vereador Éden Silva, disse que a classe defende seu direito, que será consolidado através do projeto que será votado. Falou que esse direito é constitucional e acredita que os funcionários não irão abrir mão disso, no entanto chamou atenção para o problema social que ocorrerá em razão de demissões. Afirmou que independente da decisão que será tomada amanhã, não é contra a classe, e busca benefícios para toda sociedade.

O vereador Tuti afirmou que não é contra o funcionário. Questionou se foi feito levantamento do impacto criado com o não reajuste. E lembrou que solucionado o problema, outro será criado. O presidente da câmara, Dida Pires, disse que o projeto será deliberado e que a câmara fará suas reduções de gastos para colaborar com a prefeitura.

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