Os prefeitos dos municípios que compõem a Associação dos Municípios Impactados por Usinas Hidrelétricas do Norte Mato-grossense se reuniram, ontem, em Alta Floresta, na primeira assembleia geral extraordinária, para alterar o estatuto social, bem como criar a secretaria executiva e definir sobre a pauta de reuniões, em Brasília. Uma das preocupações é com os impactos na questão social que vão ficar nos municípios, após a conclusão ds hidrelétricas, e estão cobrando obras de compensação.
O prefeito de Alta Floresta, Asiel Bezerra, destacou que a principal cobrança dos prefeitos que compõem é buscar com o governo federal recursos para a compensação dos impactos negativos provocados pelas usinas hidrelétricas tem causado aos municípios. Cada município preparou um documento, e iremos buscar em Brasília junto ao Ministério do Planejamento recursos para execução dessas obras em Alta Floresta e na região. “A ministra do Planejamento, Miriam Bechior, nos garantiu que viabilizaria esses recursos para Alta Floresta e região, principalmente das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e daria prioridade para os municípios impactados pelas usinas. Com a elaboração desse documento que iremos preparar, vamos buscar esses recursos para que nossos municípios não saiam no prejuízo”, afirmou o prefeito, através da assessoria.
Em relação às obras de compensação de Alta Floresta essa questão esta sendo tratada diretamente com o Ministério Público que esta movendo uma ação conjunta com as prefeituras para exigir que a usina venha fazer essas obras de compensação. “Temos como exemplo, as obras na avenida Teles Pires que estão paralisadas e um trecho não foi concluído. Entramos em contato com a CHTP e eles nos prometeram que estão contratando uma nova empresa para concluir a obra naquele trecho”, completou o gestor.
Os municípios da região onde também haverá impactos das obras cobram também soluções em outros setores. “Teremos uma demanda por transporte, água, educação, saúde e no decorrer do período em que as usinas estiverem em construção e também após esse período para ofertar infraestrutura a quem optar por ficar na região”, disse o secretário de Governo da Prefeitura de Sinop, Silvano Amaral.
Conforme Só Notícias já informou, estão previstas construções de cinco usinas, que irão compor um único sistema. A Usina de Colíder, em construção, tem previsão para entrar em funcionamento em 2015 e gerar 342 megawats de energia. A Usina Foz do Apiacás também tem previsão para entrar em funcionamento em 2015 e deverá gerar 275MW. Já a Usina Magessi irá gerar 53 MW. A Usina Hidrelétrica Teles Pires, em fase de construção entre as cidades de Paranaíta no Mato Grosso e Jacaraenga no Pará, será a maior do complexo, com capacidade instalada de 1.820 megawatts (MW) de potência. Há 70 quilômetros de Sinop também será construída uma unidade com potência estimada em 460 MW em uma área de 33,7 mil hectares com impactos nos municípios de Claudia, Sorriso, Ipiranga do Norte e Itaúba, além do município sede. A previsão de investimento para a UHE de Sinop é de R$ 2 bilhões.
Também participaram da reunião o prefeito de Carlinda, Geraldo Ribeiro, de Colíder, Nilson Santos, de Nova Monte Verde, Arion Silveira “Batata do Latícinio”.