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Advogado diz que senador visitou Silval na prisão e Blairo enviou emissário

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O advogado Marcos Dantas, um dos responsáveis pela defesa do ex-secretário estadual de Fazenda, Marcel de Cursi, afirma que o senador Wellington Fagundes (PR) visitou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) durante o período que esteve preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) e conta ainda que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Blairo Maggi (PP) enviou um emissário à unidade.

As declarações do advogado levantaram suspeitas de que o senador e o ministro poderiam ser pessoas que pressionaram o ex-governador durante o período que esteve preso para que Silval não entregasse para a justiça informações sobre esquemas de corrupção durante a gestão dele. Esta foi uma das razões que levaram a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, a substituir a prisão preventiva do ex-governador por prisão domiciliar na última terça-feira (13).

Silval ficou preso por 1 ano e 9 meses acusado de chefiar uma organização criminosa que desviou milhões de reais dos cofres do Estado por meio de diferentes esquemas de corrupção. Sobre o emissário de Maggi, que o advogado não revelou o nome, a recepção não teria sido nada amigável. “Todo mundo do CCC viu. Todos sabem de quem se trata. O Silval escorraçou o cara de lá, xingou e mandou embora”, disse.

Dantas destacou que além de Cursi, estava preso no CCC , o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio César Côrrea Araújo, que saiu da prisão por meio da mesma decisão que liberou Silval e o ex-secretário adjunto de Administração (SAD), coronel PM José de Jesus Nunes Cordeiro. Por isso nega que a pressão tenha ocorrido de quem esteve na prisão com o ex-governador. “Silval recebeu tantas visitas de ex-secretários, de adjuntos, deputados, advogados, e tantos outros. Eram visitas diárias”, reforça.

 

Marcos Dantas disse que todos no Centro de Custódia sabiam que Silval e Silvio iriam ser soltos logo, pois segundo ele, é notório que só ganha liberdade quem confessa crimes, aponta outros envolvidos e devolve dinheiro. “Marcel não fará nenhuma dessas coisas. Ele alega inocência e diz que não vai assumir um erro que não cometeu. Até falamos para ele, se for assim você vai ficar muito tempo preso, mas ele segue alegando inocência”, diz o criminalista. “O Marcel até diz que ouvia boatos nos corredores, mas não participava das reuniões, que eram fechadas”, comenta.

Sobre a possibilidade de entrar com o pedido de extensão feito pela defesa do ex-governador, como fez a defesa de Sílvio, o advogado diz que é muito complicado já que Marcel só fazia o que lhe era solicitado. “Para pedir a extensão ele tinha que assumir erros, que ele nega veemente. A defesa vai continuar insistindo na tese de que ele não participou de má-fé e não recebeu propina. Ele quer provar que é inocente”. Segundo ele, a defesa ainda vai estudar os próximos passos. “A bomba caiu recentemente”, brinca ao falar sobre a saída de Silval do CCC. “Iremos visitar o Marcel nesta quinta-feira e daí discutir nossa postura”.

A assessoria de imprensa do ministro Maggi foi procurada pelo Gazeta Digital, mas não atendeu as ligações. Já a assessoria do senador Wellington Fagundes destaca que ele esteve várias vezes no Centro de Custódia para visitar o ex-governador, por solidariedade a um companheiro da política. Lembra que quando Roseli Barbosa, esposa de Silval, foi presa, teve a mesma postura. Ligando para Silval e prestando solidariedade. Nega ainda que o senador tenha esboçado qualquer tipo de pressão.

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