O advogado José Antonio Duarte Alvares acaba de fazer, na sessão do STF que julga pedido de abertura de ação penal contra acusados de receber o mensalão, a defesa do deputado mato-grossense Pedro Henry (PP), acusado de receber cerca de R$ 700 mil do esquema operado pelo publicitário Marcos Valério, para que parlamentares e aliados desse apoio ao governo Lula. Ao todo são 40 denunciados, entre eles os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken, que caíram devido ao escândalo, os ex-deputados José Genoíno, que presidiu o PT, José Janene (PP) e Pedro Correa (PP).
Segundo Alvares, “não existem na denúncia indícios suficientes” para atribuir tais crimes ao deputado. “Em toda peça acusatória, Pedro Henry é citado junto com outros denunciados, não havendo individualização”, diz, acrescentando que, em nenhum momento, mostra envolvimento de Pedro Henry com empresas ou atividades suspeitas.
Entre as argumentações da defesa, há a de que Pedro Henry foi absolvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. O advogado afirma, ainda, que o acusado João Cláudio Genú pedia autorização apenas para Pedro Corrêa e José Janene antes de efetuar os saques e determinar a destinação dos recursos sacados.