Cerca de 95% das prefeituras, ou seja, 130 dos 141 municípios, estão com as portas fechadas em função da crise do setor agrícola, que está comprometendo a economia dos municípios. As atividades estão suspensas desde ontem (2) em apoio ao protesto deflagrado pelos produtores rurais, denominado Grito do Ipiranga, liderado pelos Sindicatos Rurais, Associação dos Produtores de Soja e Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato).
Os prefeitos decretaram a paralisação dos serviços públicos municipais nos dias 03, 04 e 05 de maio, mas estão mantendo os serviços essenciais à população. Foram suspensas todas as atividades e serviços dos órgãos públicos, com exceção das escolas municipais, que obedecerão ao calendário normal de aulas e do plantão da secretaria de Saúde.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, José Aparecido dos Santos, Cidinho ressaltou que as cidades aderiram à paralisação em função de que a arrecadação continua em queda, com a crise enfrentada pelos produtores rurais. “Os prefeitos estão considerando que a crise econômica, gerada pela falta de política agrícola adequada para o setor, reflete em todos os segmentos econômicos, debilitando a base da economia de muitos municípios, onde o suporte é a agricultura”, assegurou.
Na avaliação de Cidinho, é necessário apoiar as ações articuladas pelo movimento dos agricultores, que reivindicam melhoria no setor, visando às mudanças de procedimentos na Política Agrícola que atinge o Agronegócio. “Desta forma há uma comprometimento do poder público com as atividades produtivas de cada região. A paralisação representa um gesto de solidariedade e de apoio à classe produtora do Estado” disse.
O presidente da AMM lembrou ainda que os prefeitos não se mobilizaram antes devido à participação na Marcha em Defesa dos Municípios, realizada em Brasília, na semana passada.
No Nortão estão fechadas as prefeituras de Sorriso, Nova Mutum, Vera, dentre outras.