
Um dos dados que chamam a atenção é o comparativo de homicídios nos meses de agosto dos dois anos. Enquanto no ano passado a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) atendeu 20 homicídios em Várzea Grande e nove na Capital, este ano a situação foi inversa. Foram 21 homicídios na capital e oito em Várzea Grande.
A inversão nos índices deve-se à desarticulação de um grupo de extermínio composto por criminosos, policiais militares, ex-policiais e agentes da lei que atuavam no município. A suspeita é que o grupo tenha matado mais de 230 pessoas em um período de três anos na cidade.
A última morte deste mês também ocorreu em Várzea Grande. Um adolescente de 16 anos foi morto com um tiro na cabeça em um lava-jato, no Jardim Manaíra, por volta das 16h do dia 30. Não há informação sobre a autoria. Das outras mortes que causaram grande repercussão no mês, duas delas envolvem crianças. A primeira foi de um menino de 5 anos, morto em decorrência de espancamento, provocado pelo pai biológico. A outra criança morta por suspeita de envenenamento tinha 2 anos e apresentou sintomas após ingerir um achocolatado. Ambos os casos são investigados pela Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica).
Outra morte não elucidada é a do microempresário Fernando Barbosa dos Reis, 55 anos, que desapareceu no dia 3 de agosto e o corpo foi encontrado queimado. A execução de pai e filho com mais de 20 disparos no Distrito Industrial de Cuiabá também está sem autoria ainda. Carlos Gonçalves da Silva, 51, e o filho Carlos Guimarães da Silva, 22, foram assassinados na tarde do dia 22 de agosto, por dois homens em uma moto.


