A juíza da Quinta Vara, Emanuelle Chiaradia Navarro, mandou soltar um dos suspeitos de assassinar, com uma facada, Andra Cácia Gatto, 38 anos, na rua Palmares, no bairro Industrial, em janeiro deste ano. A magistrada atendeu recomendação do Ministério Público Estadual (MPE), que apontou, com base na reconstituição do crime, que há indícios de que o acusado teria agido em legítima defesa.
Uma acareação entre suspeito e o ex-marido de Andra, testemunha do homicídio, também embasou o parecer ministerial. Não constam no processo mais detalhes sobre a tese de legítima defesa. O ex-marido da vítima, apesar de ser apontado pelo réu como o autor do homicídio, figura apenas como testemunha na ação penal.
Conforme Só Notícias já informou, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) analisou a cena do crime e informou que Andra foi atingida por uma facada no peito, não resistindo e falecendo no local. Segundo um perito, uma outra faca de mesa foi encontrada na cintura dela. A polícia acredita que a mulher andava com este objeto possivelmente para se defender.
Duas versões foram relatadas aos policiais. Uma apresentada pelo marido que informou detalhes da briga, deu características do suposto assassino e chegou a acompanhar policiais em diligências para tentar localizá-lo. Quando estavam na delegacia, fazendo a ocorrência, a polícia recebeu telefonema do homem envolvido na confusão que acusou o marido de ter acertado a facada em Andra. Ele chegou a ser detido, no entanto, foi liberado.
No dia seguinte, policiais prenderam o suposto assassino, no bairro Morada do Sol. Ele teria tentado fugir ao avistar a viatura, no entanto, acabou localizado e preso. Em depoimento, o suspeito novamente declarou que o marido de Andra seria o responsável pela facada.
A vítima foi sepultada em Sorriso.