A quebra de sigilo telefônico do gerente Mário Felipe Gualberto Abreu, que tinha 28 anos, morto a tiros, no bairro Jardim América, em março, apontou que uma das testemunhas mentiu no depoimento que resultou na prisão temporária de Thaynara Carolyne Delneiro de Moraes, 21 anos, namorada de Mário, durante a operação Fortis est Veritas ( a verdade é forte). Na ocasião Sidnei Vicente Vergini, ex-marido de Thaynara, também foi preso. Por mentir no depoimento, a testemunha responderá por inquérito policial por denunciação caluniosa que levou a prisão de uma pessoa.
“Conseguimos extrair algumas conversas e conseguimos identificar que uma das testemunhas, que trouxe a informação que Mário havia sido ameaçado na frente da namorada, não era verídica. Consegui aí a conversa entre Mário e a testemunha. Trouxemos essa testemunha e ela confessou que não era verdade. Foi até isso que mandou o mandado de prisão da namorada. Na análise do interrogatório entendi que ela não tinha participação e pedi a soltura. Agora, ficou comprovado que ela não tinha essa informação. Ela (testemunha) disse que não queria envolver terceira pessoa, por isso montou uma situação em que tivesse conversado com Mário por telefone e ele confidenciado isso a ela”, disse o delegado Nilson Farias.
Thaynara e Sidnei foram presos, em agosto, apontados como principais suspeitos de envolvimento na morte do gerente de uma empresa no setor de agronegócios. Thaynara era esposa de Mário e antes de conviver com ele era esposa de Sidnei. Na época o delegado Farias apontou que a motivação do crime seria passional e, posteriormente, a jovem teria tentado colocar seu nome na certidão de óbito de Mário, na expectativa de receber um seguro, além de ficar com bens patrimoniais dele. As investigações apontam que ela ainda mantinha relacionamento amoroso com o suspeito (ex-marido).