O delegado Pablo Borges Rigo informou, esta manhã, que o irmão da vigilante Elen Gomes, 24 anos, encontrada morta, ontem de madrugada, confessou a autoria do crime. "Depois de intenso trabalho em busca de provas, que não deixassem dúvidas sobre o homicídio, conseguimos demonstrar cabalmente a autoria do Leonardo Gomes, 19 anos. Avançando no trabalho, a combatente equipe investigativa conseguiu extrair a confissão do indivíduo, ontem à noite”, disse o delegado, elogiando o trabalho da PM, perícia e de policiais civis que trabalham no caso.
Segundo Rigo, em um primeiro interrogatório, o acusado se mostrou tranquilo e negou ter cometido o ato. No entanto, com os policiais derrubando seus álibis, o acusado confessou que matou a irmã e se disse arrependido de ter cometido o crime.
Segundo o delegado, o irmão ligou para Elen pedindo dinheiro emprestado e depois foi até a residência dela. O acusado aproveitou que a vítima estava deitada em sua cama e a imobilizou. Em seguida, ele utilizou uma faca, do tipo de açougueiro, para dar um profundo golpe na região do pescoço. A vítima não resistiu e faleceu no local.
O delegado descreve ainda que o suspeito foi até o banheiro se lavar e também lavar a faca. Posteriormente, deixou o objeto utilizado no crime em cima de um micro ondas. Os policiais foram até a residência, esta manhã, para buscar a faca e anexar no inquérito. O corpo de Elen foi encontrado pelo atual namorado da vítima.
Após o crime, ele teria pego dinheiro da irmã e foi comemorar em um clube do município. Rigo disse que o acusado passou à noite bebendo e utilizando drogas com amigos com o dinheiro pego da vítima.
Aos policiais, o suspeito citou uma história de desentendimento antigo com a irmã por conta dele ser usuário de drogas. No entanto, o delegado disse não acreditar muito neste hipótese e que o fato ocorreu por conta dela não querer mais dar dinheiro para o irmão para este sustentasse seu vício.
Rigo afirmou que o crime tem um agravante na pena por conta da vítima ser irmã do acusado. A princípio, o crime é tratado como homicídio. Porém, no decorrer no inquérito pode ser enquadrado como latrocínio (roubo seguido de morte).
A vigilante está sendo velada na capela mortuária e ainda não foi informado local do sepultamento. Ela foi morta, em sua residência, na rua Camboriú, no bairro Rota do Sol. De acordo com informações do perito criminal Luciano Nogueira, ela "foi encontrada em sua cama, com cortes profundos na região cervical (pescoço)".
Nogueira afirmou também que os policiais disseram que ouviram de vizinhos que um suspeito esteve na casa da vítima, mas na cena do crime não foi possível observar nada que apontasse uma luta corporal, já que no local não havia nenhum desalinho. “As coisas estavam no devido lugar".
Na casa também não havia sinal de arrombamento. Alguns vizinhos informaram que Elen morava com o filho, 2 anos.
(Atualizada às 11h)