A Justiça da comarca de Sorriso prorrogou por mais trinta dias as prisões de
Eliomar Deitos (Alemão), Gilson Ferreira dos Santos e Agnaldo Nunes da Silva, presos em novembro, nas investigações sobre a morte de pessoas com apólices de seguro, no conhecido ‘golpe do seguro’. Adomires Soares Sampaio (Mandioca), ex-diretor da cadeia, continua foragido.
Recentemente, uma nova confissão levou a Polícia Civil ao esclarecimento de outro homicídio. De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, Altair Faustino Ramalho (Polaco), que mês passado confirmou autoria do duplo homicídio de João Zimmermann e Mônica Isolan, em uma chácara, revelou ter matado também uma mulher conhecida como Isadora (nome fictício), proprietária de um cabaré.
Isadora, conforme a polícia, era amante de João Zimmermann, e foi morta a mando dele, porque sabia demais e estaria chantageando-o e também Eliomar Deitos, para receber uma parte do seguro pela morte de Ademir Hoffman, em julho de 2007.
“Isadora chantageava o João, que pediu ao Polaco para matá-la”, falou o delegado, ao Só Notícias.
A confissão de Polaco, de acordo com Junqueira, derrubou a versão declarada anteriormente, de que Isadora havia sido morta por um homem conhecido como ‘Madeira’. “O inquérito foi esclarecido. O Polaco matou o João Zimmermann, a Mônica e também a Isadora. Ele inventou o ‘Madeira'”, declarou, ao Só Notícias.
Altair será indiciado em dois inquéritos – um tratando do duplo homicídio e outro pela morte de Isadora.
O esquema dos golpes do seguro foram descobertos pela polícia a partir das informações de Altair Faustino. Na época, ele revelou detalhes do crime. Disse ter sido contratado por João, para matar a esposa dele (Zimmermann), e, em troca o viúvo ser contemplado com uma apólice, cujo valor exato não foi confirmado, embora cogitado ser R$500 mil.
Altair desistiu do serviço, quando, após uma discussão, matou Mônica e João.
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