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Sinop: presos amotinados fazem carta e superintendente mediará conflito

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Cerca de 100 detentos do raio amarelo do presídio Ferrugem continuam amotinados, em um dos corredores, e acabam de enviar, aos jornalistas que estão do lado de fora da unidade, uma carta expondo suas reivindicações: presença do superintendente da Secretaria de Justiça, do juiz criminal, do representante dos direitos humanos e imprensa. Pediram na carta também a revisão das penas de alguns reeducandos, além da transferência de outros para Cuiabá. No final, há uma ameaça: “se entrar (policiais invadirem o presídio para acabar com motim) estamos com seis reféns, que são os passarinhos (sic) da diretora. Eles estão todos amarrados”.

Há instantes, foi ateado fogo em alguns colchões. Os bombeiros foram chamados para apagar as chamas e ficarem de prontidão.

Esta tarde, o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB Sinop, Denovan Izidoro de Lima, ficou na unidade por mais de uma hora ouvindo as reivindicações dos presos que reclamam da “rigidez” das medidas adotadas pela nova direção do presídio. Dez deles pedem transferências para outras cidades.

A Secretaria de Justiça informou, no final da tarde, que não há reféns – diferente do que falam os amotinados- e que desginou o superintendente de Gestão Penitenciária, José Carlos de Freitas, que chega esta noite a Sinop para conversar com os reeducandos e acabar com o motim. A secretaria também esclareceu que, neste raio amarelo onde há o protesto, foram apreendidos, recentemente, cerca de 10 celulares.

O motim, conforme Só Notícias já informou, iniciou por volta das 10:30h. Os presos conseguiram arrebentar as grades das celas e se concentrar no corredor. Em seguida, teriam feito seis detentos “reféns”. É esperada a saída do representante da OAB para confirmar esta informação. Um detento fez contato, por celular, com alguns jornalistas. A direção do presídio tem intensificado as fiscalizações do envio de comida, roupas, produtos de higiene e outros justamente para coibir a entreda de celulares, carregadores, chips e outros produtos que os reeducandos não podem usar.

Outro motivo do motim seria a falta de energia elétrica, neste domingo, dia de visitas de familiares e amigos. A segurança foi reforçada pela PM. Até agora não teria ocorrido nenhuma atitude de violência em relação aos detentos que estão sob poder dos amotinados.

Em instantes, mais detalhes.

(Imagem: Só Notícias/Cleverton Neves – Atualizada às 18:55h)

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