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Sinop: polícia apreende pistola e descarta envolvimento de serralheiro com mulher que mandou matar marido e amante

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Um serralheiro, de 32 anos, foi preso, ontem à noite, em sua residência, no bairro São Francisco, com uma pistola calibre 380 e 13 munições. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca na casa dele, após suspeita de suposto envolvimento com Cléia Rosa dos Santos, maquiadora, de 34 anos, na morte do marido dela, Jandirlei Alves Bueno, de 39 anos, no ano de 2016, e do amante, Adriano Gino, de 29 anos, em dezembro do ano passado. No entanto, ficou descartada a participação dele nos crimes. De acordo com o delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, “em depoimento, o suspeito disse que Cléia o contratou por R$ 5 mil, mas que nunca aceitou praticar o crime”. Ele será autuado apenas por porte ilegal de arma de fogo.

A maquiadora é acusada de mandar o amante matar o marido e, depois, teria contratado José Graciliano dos Santos, 30 anos, e Adriano dos Santos, de 20 anos, para matar o amante. A mandante e os executores foram presos no sábado por policias da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os dois homens levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino (amante) foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Na mesma vala, os assassinos enterraram uma motocicleta.

Os três acusados passaram por audiência de custódia no domingo à tarde, no Poder Judiciário e foi arbitrada fiança de R$ 25 mil para que Cléia seja colocada em liberdade pelo crime de ocultação de cadáver. O mesmo valor foi estipulado para Adriano dos Santos, apontado pelas investigações como um dos autores da morte de Gino, e o outro envolvido, José Graciliano dos Santos, que assumiu o crime e não terá direito a fiança. Apesar disso, de acordo com um investigador da Derf, além do crime de ocultação de cadáver, os três também já estavam com mandado de prisão temporária (30 dias) decretado pela justiça, pelo homicídio qualificado que não cabe fiança. Por esse motivo, foram  encaminhados, ontem ao presídio Ferrugem. Já a mulher foi levada para cadeia feminina em Colíder (157 km de Sinop). O delegado terá prazo de 30 dias para concluir o inquérito ou pode pedir a prorrogação da prisão por mais 30 dias.

Conforme Só Notícias já informou, Jandirlei, marido de Cléia, foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante simulação de suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante dela. O marido foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, e acabou falecendo em dezembro do mesmo ano. Na data do crime a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do marido, quando foram rendidos por dois assaltantes e o homem teria reagido e sido esfaqueado.

Já o amante estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado. Os restos mortais dele foram localizados, ontem, enterrados em uma área de mata, na estrada Alzira. Na mesma vala, os assassinos enterraram uma motocicleta. A ossada e a moto foram encaminhadas para exames periciais.

Após meses de investigação, a Polícia Civil desvendou o crime e identificou e prendeu José Graciliano e Adriano dos Santos como sendo os executores da morte do amante, a mando de Cléia. Eles levaram os policiais até o local onde enterraram Gino.

O delegado Ugo Reck de Mendonça disse que a família do marido já desconfiava da mulher, que na época ela foi investigada mas não acharam provas e as investigações foram interrompidas até o sumiço do amante. “Outra equipe voltou a investigação e descobriu que ela estava se relacionando com o amante, suspeito de matar o marido dela. Então, descobrimos que ele também estava morto. Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, (ela) se mostrou um pouco arrependia. Já o outro crime (amante) disse que faria de novo”, declarou.

Os dois acusados de matar Adriano contaram como o crime ocorreu. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um  carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse.

 

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