As denúncias de crimes de estupro, de janeiro a agosto, tiveram redução de 14%. Foram registrados 46 boletins de ocorrências para investigação das acusações. No mesmo período do ano passado, houve 54 denúncias, segundo dados do setor de estatística da Polícia Judiciária Civil sinopense. Ainda não foi confirmado o número de investigações concluído, de janeiro a agosto de 2017. Ano passado, investigadores elucidaram vários casos com prisões de suspeitos.
O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Carlos Eduardo Muniz, explicou que “o delito de estupro passou a ser mais noticiado para polícia e a informação aumentou para as pessoas. Então, faz alguns anos que tem havido maior informação sobre o crime”, enfatizou. “O estupro é um delito que acaba gerando vítima de todos os perfis, crianças, adolescentes, adultos. Uma coisa que chama muita atenção é que esses casos dentro do seio familiar, ou dentro de um ambiente em que vítima teria confiança”, acrescentou.
Muniz destacou ainda, com base nas investigações feitas dos casos relatados, que ainda há muito abusos sexuais associados a violência doméstica praticada pelo parceiros conjugais. “Há uma grande variação de suspeito, podemos falar que a informação levou as pessoas a procurarem mais a policia”, emendou.
Uma pesquisa realizada, em 35 cidades brasileiras, com 2.030 mulheres e homens, dos dias 15 a 20 do mês passado, do Instituto Locomotiva, conclui que mais de 55% conhecem alguém que já sofreu violência sexual. De acordo com dados da pesquisa, 14,1 milhões de mulheres foram beijadas a força, 13,7 milhões foram tocadas sem o consentimento, dentre outros casos.