Alheios a liminar concedida pelo juiz Alberto Ferreira de Souza, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Cuiabá ao Estado, quando declarou ilegal a greve de investigadores e escrivães da Polícia Civil, os representantes dos dois Sindicados garantem que a paralisação vai continuar. “Pelo silêncio do Governo essa greve ainda vai longe. Parece que é greve para durar dois meses ou mais”, disse agora a pouco o investigador Gledson Gonçalves, presidente do Sindicato dos Investigadores.
Gonçalves se reservou ao direito de não comentar a liminar foi expedida no final da tarde de ontem, após a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ter ingressado com uma Medida Cautelar Inominada de Ação Ordinária Declaratória. A medida passa a valer desde o início da concessão.
”Não vamos entrar no mérito de juiz. O Estado faz o que acha direito e correto, e nós fazemos o que está dentro da lei. A grave vai continuar, pois pelo que eu sei, ela ainda não começou para valer”, ponderou Gonçalves.
No entendimento do juiz, o Sindicato dos Policiais Civis e Carcerários de Mato Grosso pode pagar multa diária de R$ 10 mil e ao Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil ao pagamento da mesma multa diária de R$ 10 mil pelo não cumprimento da obrigação, além de arcar com todos os prejuízos causados e que vierem sofrer a sociedade, face à não satisfação desta necessidade.