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Seis das nove pessoas mortas em chacina em Mato Grosso são identificadas

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Seis vítimas que foram torturadas e executadas com requintes de crueldade em um conflito agrário na área denominada Taquaruçu do Norte, no município de Colniza (1.065 quilômetros de Cuiabá), já foram identificadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Os que tiveram a identificação confirmada são Francisco Chaves da Silva, Sebastião Ferreira de Souza, Edson Alves Antunes, Ezequias Santos de Oliveira, Samuel Antônio da Cunha e Aldo Aparecido Carlini.

O laudo preliminar aponta que foram amarradas e executadas com armas calibre 12 e golpes de facão. Samuel e Francisco são de Rondônia e foram identificados pela equipe de médico legista, papiloscopista e técnico de necropsia da Politec, ontem pela manhã. As duas identificações foram possíveis devido ao envio de prontuários civis do Instituto de Identificação de Rondônia.

Três corpos tinham apenas identificação parcial, com nomes de Fábio, Isau e Valmir. Os corpos submetidos a perícia já estavam em decomposição, já que as mortes teriam ocorrido na última quinta-feira (20).

Mas a dificuldade de acesso ao local, que fica distante mais de 250 quilômetros da sede do município, dificultou a remoção dos corpos. Foi feita por terra ao longo de 18 quilômetros e só chegaram até a cidade, ontem pela manhã. Foram trazidos em caminhão depois de carregados por uma região de mata inacessível a veículos.

Equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá está na região para analisar a cena dos crimes. Eles fazem parte da força-tarefa montada para o resgate dos corpos encaminhada ao local. Ao todo 32 profissionais participaram dos trabalhos. São 19 policiais militares, quatro policiais civis, três bombeiros militares, quatro peritos e dois pilotos do Cioaper.

Segundo o sociólogo Inácio Werner, que integra o Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso, trata-se de mais uma tragédia anunciada, na disputa de terras da União. Um conflito que se estende a anos e que já resultou em outras mortes. “Nada foi feito e sabemos que pode a qualquer momento se repetir em outras regiões”.

Werner entende que as vítimas foram mortas de forma cruel. Representantes da entidade já se deslocaram até a região para acompanhar a investigações e dar apoio as famílias das vítimas. 

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