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Roubos e furtos de cargas em Mato Grosso aumentam 82%

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Com um aumento de 82% nas ocorrências de roubos e furtos de cargas no Estado, em 2014, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) pleiteia a criação de uma delegacia especializada para investigar esses tipos de crimes. O crescimento é uma realidade nacional e em todo o país o número subiu 16%, segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística).

Em Mato Grosso, no ano passado, foram registrados 50 roubos e 61 furtos, contra 14 roubos e 44 furtos em 2013. Desde o ano passado, o Sindmat passa a contabilizar ainda os saques. Por este crime, foram registradas 88 ocorrências no último ano. A soma das três práticas resultou em 199 casos em 2014. Até maio de 2015, foram 57 ocorrências. Cerca de 50% dos registros ocorrem nas BRs-163, 364 e 070. As cargas mais roubadas são de combustíveis, grãos e eletroeletrônicos.

O presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, frisa que a criação de uma delegacia é pedida há dois anos, diante da gravidade do crime, que em 2015 provocou um prejuízo de R$ 2,5 milhões ao setor de transporte. Cita que a quantidade de materiais e veículos de cargas recuperada é baixa, cerca de 20%.

Diante deste cenário, o Sindmat realizou nesta quinta-feira o 2º Seminário sobre o Combate ao Roubo de Cargas para chamar a atenção do Poder Público e da sociedade sobre os problemas, bem como buscar meios de prevenção.

Para Amorim, uma das formas de coibir a prática criminosa e garantir a recuperação de cargas e veículos roubados é o aumento do efetivo policial. O coronel Joffre Coelho Chagas Júnior, representante nacional da Pamcary Seguradora, complementou que o endurecimento das leis com penas mais duras contra os receptadores também auxiliaria na redução dos índices. “Se não tem receptador, não tem roubo. Vão roubar e vender para quem, se não existir a figura de quem compra?”, questionou durante palestra realizada no seminário.

Entre os profissionais que mais sofrem estão os caminhoneiros sem vínculos trabalhistas, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Mato Grosso (Sindicam-MT), Roberto Costa.

Ele comenta que muitos autônomos vítimas de assaltos ficam sem ter como trabalhar, uma vez que perdem a principal ferramenta, o caminhão. Relata ainda que não é raro terem que arcar com o pagamento da carga roubada, quando os produtos não dispõem de seguro. Em média, um caminhão usado custa entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. Um veículo de carga novo chega a custar até R$ 800 mil. Assim como a Sindmat, Costa também acredita que um reforço na segurança pública garantiria menos problemas aos caminhoneiros, bem como possibilitaria a localização dos bens tomados em assalto ou furto.

Presente no evento, o secretário adjunto de Ações Integradas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), coronel PM Joelson Sampaio, afirmou que o Estado já conta com um Grupo de Trabalho com foco nos roubos de cargas em Mato Grosso. O núcleo passa por reestruturação e promove fórum permanente de discussão sobre o assunto para que novas informações sejam incorporadas à metodologia de trabalho. “Analisamos onde os roubos ocorrem com maior frequência para atuar nesses pontos. Esta é uma forma de coibir a prática”.

Conforme o Sindmat, as regiões com maiores índices de ataques a cargas são em Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Ipiranga do Norte e General Carneiro.

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