Está marcada para esta terça-feira (22) a primeira audiência de instrução no processo por violência doméstica movido pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o técnico de informática C.H.C.C, 25 anos, que está preso em Cuiabá desde 11 de novembro do ano passado pelo duplo homicídio praticado contra a professora Admárcia Mônica da Silva Alves, 44 anos, e seu neto Ryan Alves Camargo, 4 anos, que eram mãe e filho da ex-namorada do acusado. O processo, cuja denúncia foi recebida no dia 2 de julho de 2012 estava parado desde então, e nesse período, o rapaz estava em liberdade por ter pago fiança.
No processo, onde o acusado é réu pelos crimes de lesão corporal, ameaça e tentativa de incêndio, 5 pessoas deveriam ser ouvidas nessa primeira audiência, uma delas era Admárcia, morta com requintes de crueldade na madrugada do dia 11 de novembro de 2012. Dessa forma, deverão ser ouvidos, além do réu, a vítima, de 24 anos, e os policiais militares que atenderam a ocorrência.
“Tendo em vista que na resposta escrita não foi arguida nenhuma preliminar ou prejudicial de mérito, bem como não há nos autos qualquer hipótese para absolvição sumária do acusado, ratifico a decisão de recebimento da denúncia e determino o prosseguimento da instrução processual”, determinou o juiz Jeverson Luiz Quinteiro, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
As agressões contra a mulher, de 24 anos, foram praticadas em maio de 2012 na casa dela na rua São Cristóvão, bairro Dom Aquino, onde ela morava com a mãe e o filho. Na ocasião, ele agrediu a vítima e ainda tentou atear fogo na residência, mas acabou contido porque a Polícia Militar foi acionada. Exames de corpo de delito na época comprovaram as agressões praticadas. O acusado foi preso em flagrante e solto dias depois mediante pagamento de fiança.
Além do processo por violência doméstica, o acusado também é réu por homicídio. Ele foi denunciado em novembro de 2012 pelo Ministério Público por duplo homicídio triplamente qualificado. O menino foi morto afogado no Rio Cuiabá e sua avó foi assassinada a facadas e posteriormente teve o corpo ateado fogo pelo acusado.
Os crimes foram praticados na madrugada do dia 11 de novembro do ano passado. O acusado, que confessou o crime em conversas informais com policiais que atenderam o caso, ficou calado durante os interrogatórios feitos pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Mas segundo a Polícia Civil, ele pretendia matar a ex-namorada e como não a encontrou em casa, matou a ex-sogra que era contra o relacionamento e depois pegou criança que tinha presenciado o homicídio da avó e jogou no Rio Cuiabá.