Além da prisão de dez integrantes da quadrilha que assaltou o Banco do Brasil de Nova Maringá (330 quilômetros de Sinop), a Polícia Civil apreendeu cinco armas (duas espingardas calibre 12, duas pistolas, um revólver 38), um VW Saveiro Cross, uma Toyota Hilux prata – que foi utilizada no roubo, duas motocicletas e uma lancha, além de um valor dinheiro (ainda não contabilizado), munições e documentos. Ao todo, foram apreendidos mais de R$ 150 mil em bens adquiridos ilicitamente com o dinheiro do assalto. Também foram bloqueados valores que estão em contas correntes dos membros da quadrilha.
A primeira prisão ocorreu, ontem pela manhã, em Nova Mutum e este seria um dos líderes do grupo criminoso. À noite, os outros nove membros do bando foram presos na região do município de São José do Rio Claro. O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta, informou que as investigações iniciaram com a identificação de D.A.C.A., membro de um clube de tiros em São José do Rio Claro e dono de um mercadinho na cidade, e que estava passando por dificuldades e mesmo assim teria comprado um lancha por R$ 14 mil, em dinheiro, de um loja na cidade de Lucas do Rio Verde.
"Conseguimos levantar que ele poderia ter tido participação no caso. Ele foi visto na região de Nova Maringá, naqueles dias e tinha uma arma da mesma característica da usada no roubo, uma arma cromada. Foi feito o monitoramento dele e com isso chegamos a outros dois criminosos", explicou o delegado.
As investigações apontam que B.N.S. e N.F.S. compraram veículos à vista e em dinheiro vivo. Segundo o GCCO apurou, B.N.S. comprou à vista um Voyage 1.6 City, no valor de R$ 34 mil, de uma concessionária em Nova Mutum. O suspeito N.F.S. adquiriu logo após o assalto uma picape Saveiro Cross, no valor de R$ 38,5 mil, e também pagou em dinheiro.
Os dois presos também são amigos de D.A.C.A., com o qual os policiais apreenderam um pistola 380 cromada, sendo uma das arma usada no crime. Cartuchos da ama recolhidos em uma fazenda, onde ele foi visto efetuando disparos foram recolhidos e encaminhados à perícia para exame de confrontação balística com os cartuchos recolhidos na cena do crime. Na propriedade também foram recolhidos cartuchos de espingarda calibre 12, outra arma usada no assalto.
Nas investigações, a Gerência de Combate ao Crime Organizado descobriu que o preso J.R. usava um número de celular que estava cadastrado em nome do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O telefone tem o prefixo 66, da operadora Vivo, e endereço na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. O celular foi habilitado no dia 24 de abril, um dia depois do roubo, mostrando a fragilidade do sistema da operadora.
Além dos veículos e da lancha a quadrilha comprou motocicletas. Os presos estão sendo interrogados na sede do GCCO, em Cuiabá, e serão encaminhados a Penitenciária Central do Estado (PCE).
(fotos: assessoria)