A Polícia Civil confirmou, no início da noite, que prendeu hoje, em Cuiabá, o dono de um mercado em Lucas do Rio Verde. O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flavio Stringuetta, informou, ao Só Notícias, que Willian Alves Dias estava com R$ 148 mil, em dinheiro, que seriam usados para 'comprar' R$ 1 milhão de golpistas que alegavam que seria "dinheiro ilegal, proveniente do Banco Central. Ele veio a Cuiabá, usando nome de Wellington, para fazer esse negócio escuso e iria repassar R$ 160 mil a um pessoal que lhe entregaria R$ 1 milhão, alegando que seria um lote antigo do Banco Central. Ele chegou em um shopping (local onde combinaram encontro) e entregou o dinheiro para os golpistas. Quando percebeu que seria enganado (que eles não estavam com R$ 1 milhão prometido), pegou a sacola e saiu correndo e foi perseguido pelos dois. Eles passaram em frente a delegacia (que fica perto do shopping) e foram pegos pelos policiais", relatou o delegado.
"Inicialmente, Willian (que se identificou como Wellington) dizia que iria comprar caminhonete dos golpistas. Mas ninguém compra veículo com muito dinheiro vivo. Ele não sabia dados do veículo, caracteristística. Aí confrontamos ele com os golpistas e ele não conseguiu negar e confirmou que o dinheiro seria entregue para os dois. Também verificamos que os documentos dele estavam estranhos e havia indícios de falsificação. Foi quando acabou confessando que seu nome não era Wellington, é Willian e que estava com mandado aberto, por homicídio, no Rio de Janeiro", informou o delegado. "Ele está sendo indiciado por uso de documento falso e vamos analisar se vai ser indiciado por lavagem de dinheiro. Inicialmente, vai ficar no presídio aqui em Cuiabá", acrescentou o delegado Flavio Stringuetta.
Quanto aos outros dois detidos, o delegado aponta que eles iriam aplicar um golpe no empresário. "Ele (Willian) seria vítima de um golpe. Ninguém iria dar dinheiro para ele", afirmou. Inicialmente, a polícia cogitou que a dupla iria repassar para o acusado R$ 1 milhão em dinheiro falso. Os suspeitos prestaram esclarecimentos e, a princípio, ficam em liberdade "porque o golpe não chegou a ser aplicado".
A GCCO vai investigar a origem dos R$ 148 mil apreendidos, concluiu o delegado.
(Atualizada às 22:05h)