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Preso em Sinop acusado de enriquecer extraindo madeira ilegal no Nortão

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A Polícia Judiciária Civil prendeu o principal acusado de promover a derrubada ilegal de árvores nativas, de uma fazenda em União do Sul (130 km de Sinop). As investigações da Delegacia Especializada do Meio Ambiente comprovaram que J.E.G. é o responsável pela contratação de pessoas e equipamentos para extração de madeiras da propriedade. O suspeito foi preso, hoje, nas proximidades do fórum de Sinop, por uma equipe da Dema, que desde a semana passada está na região para dar o cumprimento a prisão preventiva, decretada contra o acusado. Ele vai responder por crimes de furto de madeira, crimes ambientais e coação de pessoas no curso do processo.

Segundo as investigações, ele estaria indo no presídio para ameaçar pessoas presas, em flagrantes de extração ilegal de madeira, em que ele aparece como autor. O acusado, morador da cidade de União do Sul, era um simples mecânico que hoje acumula riqueza na localidade. Ele é o dono da empilhadeira e de dois dos caminhões apreendidos na operação policial e organiza a exploração da área, contratando pessoas para derrubar às arvores, aluga caminhões para transportar as toras até as madeireiras para onde é vendido o produto florestal.

Uma das estratégias adotada por ele é retirada da madeira da floresta no período noturno e a utilização de “olheiros” nas estradas para fugir da ação policial. Na semana passada, policiais civis da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), retornaram a região e novamente flagraram a ação dos desmatadores. No último flagrante, três caminhões carregados de tora foram apreendidos e uma pessoa presa.

Ao todo, 17 pessoas já foram presas em quatro operações policiais realizadas pela Polícia Civil, por meio da Dema, na fazenda de propriedade de Jacinto Simões, que por várias vezes denunciou a ação quadrilhas que atuam na exploração clandestina da floresta para abastecer madeireiras da região. Em setembro a Polícia Civil iniciou fiscalização na área de mais 20 mil hectares, dividida em várias fazendas e apreendeu mais de 600 metros cúbicos de madeira irregular.

Em um dos flagrantes, a Polícia Civil apreendeu mais de 600 metros cúbicos de madeiras derrubadas sem autorização judicial. Foram necessários mais de 21 caminhões carregados para retirar as toras da área. A madeira derrubada foi armazenada no depósito de uma serraria, na cidade de Cláudia, sob a custódia da prefeitura.

Em outra ação, os policiais também apreenderam oito caminhões, sendo sete carregados de toras, um trator empilhadeira, um VW Saveiro, duas motosserras e uma espingarda. A madeira equivale a mais de 80 metros cúbicos em toras derrubadas clandestinamente.

Conforme o delegado, as árvores retiradas são de alto valor comercial e quase não restam mais espécimes na área, devido à ação devastadora da floresta, ocorrida ao longo do ano. “Desta vez apreendemos pouca madeira, mas pegamos o pessoal trabalhando na área e confirmamos nos autos o mandante”, frisa o delegado Carlos Cunha.

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