sexta-feira, 26/abril/2024
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Polícia prende pastor acusado de vender diplomas falsos no Nortão

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Eliezer Martins, pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, foi preso em Cuiabá (MT) nesta quarta-feira sob a acusação de vender diplomas falsos de primeiro e segundo grau em diversas cidades de Mato Grosso. Ele cobrava entre R$ 700 a R$ 800. Policiais do Gaeco (Grupo de Ação Especial Contra o Crime Organizado) apreenderam, na casa de Martins, cinqüenta cheques preenchidos, fotografias 3×4, atestados de escolaridade, certificados de conclusão, avaliações e requerimentos de matrícula em branco, além do diploma de pastor evangélico.

O pastor é suspeito de fazer o levantamento dos interessados em adquirir o diploma por intermédio de pastores e fiéis da Assembléia de Deus no interior de Mato Grosso. O grupo levava as vítimas a crer que os documentos eram válidos e reconhecidos pelo Ministério da Educação. Endereços que constam dos documentos mostram que Eliezer Martins agia em Cláudia, Barra do Garças, Sinop, Pontes e Lacerda, Terra Nova do Norte, Nova Canaã do Norte, Novo Mundo, Paranatinga, Itaúba, Rondonópolis e em outras cidades.

Martins, além de ser suspeito de praticar crime de falsidade ideológica, também é investigado por estelionato, já que fornecia diplomas com conteúdo falso. A pena máxima para cada um dos crimes é de cinco anos de reclusão. O pastor está preso preventivamente em Sinop.

Responsável pelo caso, o promotor de Justiça Paulo César Dancieri Filho confirmou junto à Secretaria de Estado de Educação que tais papéis não possuem qualquer validade no Estado. “Não dá para dizer que o preso operava somente a partir da Assembléia de Deus”, observou.

Joan Miró

As investigações prosseguirão sobre o acompanhamento da Polícia Civil. O promotor indiciou ainda outro pastor da Igreja Assembléia de Deus da região de Coqueiral, uma conselheira tutelar de Cláudia, fiel à Igreja, e o proprietário do Colégio Joan Miró, localizado em Niterói (RJ). Os nomes não foram divulgados. O colégio oferece cursos à distância, o que supostamente facilitaria esquemas semelhantes em outros estados.

“Em todos os diplomas expedidos pelo Joan Miró consta expressamente a assinatura do proprietário atestando que as pessoas haviam completado regularmente os estudos e estavam aptos a receber tal grau de escolaridade”, afirmou o promotor.

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