Mais uma operação da Polícia Federal é realizada em Mato Grosso. Agora, contra a jogatina. Mandados de Busca e Apreensão e Mandados de Prisão Temporária foram expedidos contra envolvidos em crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas. Em Várzea Grande, foi preso Adelino Ribeiro Taques. A Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá informou que ele será ouvido e, posteriormente, poderão ser deflagrada novas diligências. A operação também é desenvolvida nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.
Durante as investigações surgiram “alvos” comuns nos dois inquéritos e suas ações coincidiam nos atos criminosos dos grupos ligados à “máfia dos caça-níqueis”. O primeiro inquérito policial tinha por objetivo apurar a prática de contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. As organizações crimimnosas estariam atuando na importação ilegal de componentes eletrônicos, na exploração ilegal de jogos de azar e na corrupção de agentes públicos, principalmente policiais.
Em outro inquérito policial se apurou a corrupção de policiais civis e seu possível envolvimento com tráfico de drogas no estado do Mato Grosso do Sul, mais especificamente no município de Três Lagoas. Nas investigações constatou-se que sete policiais civis praticaram crime de corrupção passiva (cobrança e recebimento de “propinas” de criminosos), bem como o envolvimento destes policiais em outras modalidades criminosas, tais como comércio ilegal de armas de fogo e tortura.
Os investigadores acompanharam ainda a ação de estelionatários, de uma quadrilha especializada no furto e desmanche de caminhonetes, além da ação de grupos criminosos que exploram o jogo de azar por meio de máquinas caça-níqueis na região de Três Lagoas/MS e no interior do estado de São Paulo. Esses “quadrilheiros” pagavam propina aos policiais civis para continuarem agindo impunemente na região. Entre os crimes praticados estavam estelionato, tráfico de influência, exploração de prestígio, extorsão, receptação, contrabando e descaminho, usura, entre outros.
O nome da operação se dá em alusão ao combate da exploração ilegal de jogos de azar no Brasil. O trabalho é considerado um duro golpe às quadrilhas investigadas, como se fosse um “xeque-mate” contra aqueles que exploram o jogo ilegal.