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Polícia faz operação para prender em SP e Paraná quadrilha que roubou mais de 40 cargas de grãos no Nortão

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Só Notícias (foto: assessoria - atualizada 10:37h)

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpre, hoje, 31 mandados de prisões, de buscas e apreensões dentro da Operação Safra, que investiga o esquema de uma organização criminosa baseada no Estado de São Paulo que atuava no furto e roubo de cargas de grãos em território mato-grossense e outros Estados. Os mandados judiciais são cumpridos nas cidades paulistas de Assis, Avaré, Conchas, São Miguel Arcanjo, Paraguaçu Paulista, Maracaí, Tarumã e em Campo Mourão, no Paraná.

As investigações iniciaram na delegacia de Paranatinga (336 km de Cuiabá), que apurou o furto de duas cargas de soja ocorrido em março passado, causando um prejuízo no montante de R$ 300 mil.   A partir de outros assaltos em Sorriso e de Ipiranga do Norte, no Nortão, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) identificou um esquema criminoso envolvendo “uma empresa de transportes, em Assis (SP), que vem sendo utilizada para a prática dos crimes”. Em Ipiranga, os criminosos desviaram quatro cargas completas de soja avaliadas em aproximadamente R$ 600 mil.

A Polícia Civil de Mato Grosso informa que, durante muitos anos, o proprietário e demais integrantes vinham “desviando” cargas de grãos em Mato Grosso, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas donas das cargas. “O proprietário da empresa e o grupo criminoso atuam como ‘piratas’, entrando em Mato Grosso e furtando as cargas de grãos. A investigação apontou que a quadrilha utilizava-se das mais variadas fraudes, aproveitando-se de falhas no sistema de controle das fazendas e das transportadoras contratantes. Depois de praticarem os furtos, voltavam à cidade de Assis levando o “espólio” arrebatado (valores em dinheiro)”, informa a assessoria da Polícia Civil mato-grossense.

Segundo o delegado de Paranatinga, Hugo Abdon, a operação tem como objetivo colher elementos de informações contra os alvos investigados, assim como interromper as condutas criminosas por parte da organização criminosa, atingir o patrimônio da quadrilha, ressarcir as vítimas dos prejuízos sofridos e, por fim, levar à punição dos associados.

O delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, destaca que a investigação apura os crimes de organização criminosa, furto qualificado pela fraude e por concurso de pessoas, além de haver indícios da prática de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. A organização criminosa passou a agir no roubo das cargas, mantendo as vítimas reféns durante a ação, além de utilizarem armas de fogo. “A quadrilha está também praticando os mais variados crimes, inclusive, usando de violência, com emprego de arma de fogo e zombando do sistema de justiça e do principal sistema produtivo brasileiro, que é o agronegócio”, apontou.

A Polícia Civil prendeu, recentemente, outros ladrões de cargas. Em Sorriso, em uma das ações, foram identificados 5 envolvidos e recuperados mais de R$ 30 mil. Em Maio, em Brasnorte, houve mais duas prisões.

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