A Delegacia da Polícia Judiciária Civil apura a suposta compra irregular de medicamentos pela prefeitura de Juruena (880 km a Noroeste). Um carregamento de medicamentos sem nota fiscal foi apreendido, no último sábado (11), nas investigações conduzidas pelo delegado Mário Roberto de Souza Santiago Júnior. A carga está avaliada em R$ 40 mil.
A investigação iniciou após denúncias de irregularidades no processo de compra dos medicamentos, feitos sem licitação. Os remédios foram comprados de uma empresa com sede em Goiânia (GO). A administração municipal alega que adquiriu os produtos sem licitação, pois seria uma situação emergencial.
A Polícia Civil indiciou três funcionários da prefeitura, responsáveis pela aquisição irregular. Foram indiciados a secretária de Administração e Finanças, Maria Siqueira Benevides, o responsável pelo setor de compras, Richard Kolher de Oliveira, Robson Vieira Pancieri, do setor de licitações. Eles vão responder por crimes previstos na lei de licitações e contra ordem tributária. "Entretanto, no decorrer das investigações, é possível que se encontre outros crimes", disse o delegado Mário Roberto.
"Os funcionários confirmaram, informalmente, que não havia nota fiscal. Depois a prefeitura apresentou nota fiscal com data posterior a compra e apreensão", disse o completou o delegado.
Entre os medicamentos apreendidos há remédios controlados, antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, espéculos, materiais descartáveis, entre outros. Os remédios foram retirados em Goiânia por um funcionário da Prefeitura de Juruena.
De acordo com o delegado Mário Roberto, várias pessoas já foram ouvidas e será enviada carta precatória à Polícia Civil de Goiânia, para colher depoimento do representante da empresa, responsável pela venda da mercadoria.
A Polícia Civil informou que aguarda autorização da Justiça para liberar os medicamentos à Prefeitura. Porém, as investigações continuam para apurar a compra dos remédios.