Mais 3 policiais militares foram expulsos da corporação por participarem do movimento por reajuste salarial ocorrido em abril de 2007, totalizando 5 expulsões. Os soldados Luis Flávio Aguilera Benites, Brás Damasceno Nóbrega e Eudes Cardoso Araújo Filho são acusados, junto com Elias Ribeiro da Silva e Rinaldo Luiz Siqueira, de desrespeitarem o código de disciplina da PM porque estavam no protesto realizado no 1º Batalhão, quando pneus de viaturas foram murchados em meio a tumultos e discussões entre os oficiais e os praças. Na época, os primeiros estavam em vias de terem o aumento salarial aprovado pela Assembleia Legislativa, benefício que excluía os praças e gerou muita insatisfação durante cerca de 15 dias.
Os primeiros expulsos foram os soldados Elias, que há um ano integrava o Batalhão de Operações Especiais (Bope), e Rinaldo Luiz Siqueira.
A Corregedoria da Polícia Militar não descarta a possibilidade de novas exclusões nos próximos dias. Conforme o corregedor, coronel Jorge Catarino, as punições mais severas são para os que teriam participado de maneira mais efetiva do ato, informação que é contestada pelas mulheres da Associação das Famílias Milicianas da Baixada Cuiabana.
Segundo integrantes da associação, o soldado Benites, por exemplo, foi excluído porque reagiu após uma oficial jogar spray de pimenta no olho de várias mulheres, entre elas a sua esposa, no dia do protesto. Já Brás e Eudes teriam apenas "passado" pelo local, onde havia mais de 400 pessoas. "É uma sacanagem o que estão fazendo com eles, porque são policiais antigos e do bem", afirmou uma delas.
