Um policial militar foi preso, esta manhã, em Rondonópolis, acusado de integrar uma quadrilha que traficava drogas. Os policiais federais cumpriram os 9 mandados de prisão e nove de busca para “desarticular a quadrilha baseada na penitenciária da Mata Grande, de onde controlavam a distribuição de entorpecentes na região sul. O soldado da PM é acusado de participar dos crimes facilitando a entrada de drogas e telefones celulares “no presídio e coordenando a quadrilha fora da cadeia”, informa a PF. Uma quantidade de drogas também foi apreendida. Na casa do policial, havia pescado irregular em dois freezers. Três pessoas já estavam presas, por tráfico, e foram notificadas de nova ordem de prisão.
A PF informa que foram quatro meses de investigação da “Operação Raiz” e ocorreram 4 apreensões de entorpecentes, totalizando 297 kg de drogas e nove pessoas presas. “Além disso constatou-se que com a participação de agentes públicos tornou-se comum a entrada de telefones dentro do presídio, permitindo que os criminosos continuem coordenando seus negócios a partir de suas celas mesmo após condenados por crimes como homicídio, tráfico de drogas e de armas”, informa a assessoria da superintendência estadual.
A Operação Raiz recebeu essa designação porque nos levantamentos preliminares os criminosos se referiam a um dos chefes da quadrilha apenas como o “mandioca”, e é um prolongamento da Operação Xadrez deflagrada ano passado contra o tráfico baseado na Cadeia de Itiquira e na própria penitenciária da Mata Grande. Os trabalhos se iniciaram após a apreensão de um tablete de maconha no telhado do presídio e de diversas apreensões nas celas realizadas pela Polícia Militar e Agentes Prisionais.
As investigações para interromper o envio de drogas e telefone à Mata Grande devem prosseguir após o encerramento dessa operação, pois há um grande efeito nocivo à sociedade uma vez que os criminosos estabelecem no presídio uma base de atuação no sul do Mato Grosso e continuam a administrar sem interrupção seus negócios ilícitos.
As ordens de prisão e apreensão foram autorizadas pela justiça criminal de Rondonópolis.
(Atualizada às 11:13h)