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PF aprofundará investigações para identificar se agrotóxicos ilegais também eram encaminhados para Nortão

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: reprodução e assessoria)

O delegado da Polícia Federal, Jener Alberto da Gama Barroso detalhou, esta manhã, em entrevista, coletiva e afirmou, ao Só Notícias, que as investigações serão aprofundadas para identificar se os agrotóxicos contrabandeados na região de Rondonópolis (214 quilômetros de Cuiabá) encontrados num galpão também eram despachados para região de Sorriso, Sinop — que concentram grande produção agrícola do Estado.

“Essa operação não se debruçou sobre a destinação como foco principal. Possivelmente com desenrolar das investigações poderemos ter respostas mais categóricas. O que sabemos é que no interior do Pará tinha essa produção irregular, mas a distinção ainda não podemos afirmar”, disse Barroso.

Conforme Só Notícias já informou, a operação Argentarius para desestruturar uma organização criminosa que atuava como um banco paralelo financiando atividades criminosas como tráfico de drogas, contrabando de agrotóxico, roubo e adulteração de carga de insumos agrícolas ocorreu, esta manhã. Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em Rondonópolis, Cuiabá, Paranavaí (PR) e Santana do Araguaia (PA). Durante essas ações, quatro pessoas foram presas em flagrante.

As investigações mostraram que foram movimentados R$ 500 milhões. Apenas entre os dois principais alvos as movimentações superaram 220 milhões. Foi constatado que os valores movimentados e os bens são incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos aumentando as suspeitas de que sejam produto de atividades criminosas.

Também foi confirmada durante investigação, a existência de laranjas que emprestavam suas contas para que ocultar a origem e destino dos valores. Da mesma forma, essas pessoas não possuem poder econômico para tais movimentações. Além de várias empresas de fachada, as quais não possuíam nenhum funcionário registrado e indicavam endereços inexistentes.

 

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