A Polícia Federal concluiu em julho o principal inquérito resultante da Operação Fronteira Branca, que combateu o tráfico internacional de entorpecentes. Os autos foram encaminhados à Justiça Federal em Cáceres. Deflagrada em junho deste ano, a ação prendeu 50 pessoas até o momento. 22 ainda estão foragidas. Estão presas 38 pessoas em Mato Grosso, duas em Rondônia, duas em Pernambuco, uma na Bahia, cinco em Minas Gerais e duas em São Paulo.
Todos foram indiciados pelo crime de tráfico internacional de entorpecente, com penas que variam de 5 a 15 anos. Entretanto alguns deles ainda vão responder por outros crimes, pois, na análise da atuação de cada pessoa, são encontrados outros ilícitos penais. Na investigação a polícia identificou o envolvimento de um policial civil de Mato Grosso na quadrilha.
Os autos foram encaminhados à Justiça Federal em Cáceres, que abriu vistas ao Ministério Público Federal. A assessoria de imprensa do Ministério Público confirma o recebimento do processo no órgão e que o inquérito está sendo analisado para o oferecimento de denúncias.
A investigação foi iniciada em 2006 a partir da identificação de um boliviano de San Matias/Bolívia como fornecedor de cocaína para diferentes grupos criminosos estabelecidos no Brasil. Posteriormente a Polícia Federal conseguiu identificar mais 6 grupos criminosos relacionados com o trafico na região de fronteira sendo formados por traficantes brasileiros em associação com fornecedores bolivianos e, em um dos grupos, líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC .
A atuação policial decorrente da operação permitiu, até o momento, a apreensão de cerca de 913 quilos de cocaína e de 446 mil dólares em espécie, R$ 30 mil e prisão em flagrante de 78 indivíduos diretamente ligados aos esquemas investigados.
A Polícia Federal também pediu à Justiça o seqüestro de bens, entre estes, 2 fazendas e o bloqueio de contas bancárias utilizadas para movimentação de valores do tráfico.