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Pastora que tentou “atrapalhar” ação da polícia e Conselho Tutelar em Sorriso é presa

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

A Polícia Civil prendeu, ontem à tarde, uma mulher, cuja identidade não foi informada, acusada de tentar atrapalhar uma investigação da delegacia sobre um crime de estupro envolvendo uma adolescente. Ela foi detida com base nos crimes de favorecimento pessoal e embaraçamento da atividade do Conselho Tutelar. De acordo com os investigadores, uma equipe policial acompanhou o Conselho Tutelar até o Distrito de Primaverinha para averiguar uma situação de maus-tratos contra cinco crianças, que são irmãs de uma adolescente, vítima de estupro de vulnerável. 

A equipe do Conselho Tutelar foi ao distrito a fim de acolher a adolescente que foi vítima de estupro por parte do padrasto, preso em flagrante no fim de semana. A justiça converteu o flagrante em prisão preventiva na segunda-feira. Ouvida em escuta especializada, a vítima relatou os abusos sexuais e violências físicas sofridos pelo padrasto, que começaram quando ela tinha cinco anos, e ocorreram em diversas cidades onde a família morou, até ela completar 16 anos, quando começou a se defender das investidas. 

Na residência da mãe das crianças, que é investigada pela delegacia, não foi encontrado ninguém. As equipes identificaram que além de apresentar péssimas condições de higiene pessoal. A equipe avistou pela janela que estava aberta, inclusive, larvas no chão da casa. Em diligências, os investigadores obtiveram informações com a vizinhança de que um carro preto passou no local, na noite anterior, e levou a mãe e as crianças. 

Os policiais descobriram que uma pastora do distrito teria informações a respeito do paradeiro da família. Contudo, ela disse aos investigadores e conselheiras que não sabia de nada e que o sumiço da mãe e dos filhos deveria realmente ser apurado, mesmo tendo recebido horas antes informações de onde estava a família. 

Na sequência, os policiais descobriram que outras pessoas teriam auxiliado a família a sair da casa no distrito, na noite da última segunda-feira, e levada até Lucas do Rio Verde. Na cidade vizinha, os policiais de Sorriso apuraram que uma dessas pessoas que acolheram a família da vítima não tinha conhecimento do que estava ocorrendo, tampouco do crime de estupro da qual a adolescente foi vítima. Em depoimento, a pessoa que acolheu a vítima em Lucas do Rio Verde afirmou, inclusive, que na manhã do dia 23 de maio, avisou a pastora de que a adolescente estava em sua casa. 

A delegada Jéssica Assis constatou que ficou claro para “a Polícia Civil de que a pastora auxiliou na ocultação da suspeita, mãe da vítima, assim como mentiu aos agentes públicos sobre o paradeiro da família”.  A líder religiosa foi encaminhada à Delegacia de Sorriso e autuada em flagrante pelos crimes de favorecimento pessoal e embaraçamento da atividade do Conselho Tutelar. Foi arbitrada uma fiança no valor R$ 2 mil. 

As informações são da assessoria da Polícia Civil.  

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