A Polícia Civil deflagrou, hoje, a operação Conexão Criminosa”, visando desarticular duas associações criminosas independentes e envolvidas na prática de fraudes eletrônicas contra personalidades públicas em Mato Grosso é uma empresa (nomes não informados). Foram cumpridos seis mandados judiciais de buscas e apreensões domiciliar e de afastamento de sigilo telemático, em Cuiabá e Várzea Grande.
Conforme o delegado da DRCI, Guilherme Campomar da Rocha, as diligências referem-se a dois inquéritos que tramitam na unidade especializada para apurar os crimes praticados por meio eletrônico contra uma mesma vítima. “Os indícios apontam até o momento que se trata de dois grupos, os quais atuam de forma distintas, porém agem com o modus operandi quase que idênticos. Os suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato qualificado por meio de fraude eletrônica e associação criminosa”, destacou o delegado.
Uma das frentes da investigação busca desarticular o grupo que vinha aplicando golpes contra uma empresa do ramo da construção civil, ligada a figuras públicas do Estado. Em um dos crimes, o estelionatário se passou por uma das sócias da empresa e tentou, sem sucesso, induzir, via aplicativo do WhatsApp, o funcionário da empresa a realizar transferências bancárias para uma conta de terceiros.
Durante diligências, a DRCI identificou uma complexa rede de aliciamento de pessoas para a “venda” de suas contas bancárias, usadas para receber valores provenientes dos golpes. Os indícios apontam o envolvimento de um casal suspeito de aplicar os golpes e coordenar a aquisição das contas de “pessoas laranjas”. Ambos possuem diversas passagens policiais, inclusive por tráfico de drogas.
Os policiais civis também identificaram uma outra mulher, a qual seria responsável por manipular os dados cadastrais das contas bancárias negociadas para dificultar o rastreamento do dinheiro.
O segundo inquérito foi instaurado após a tentativa de golpe contra uma autoridade estadual. Em março de 2023, criminosos utilizaram a foto de um familiar dessa autoridade na tentativa de solicitar uma transferência de valores via Pix por meio de uma mensagem de WhatsApp. De acordo com a DRCI, o crime partiu de suspeitos de uma mesma família, que utilizavam um imóvel em Várzea Grande como ponto central para as operações fraudulentas.
Os membros do núcleo familiar utilizavam dados falsificados para abrir contas bancárias e criar perfis falsos em aplicativos de mensagens, demonstrando uma estrutura organizada para a prática de crimes.
A Operação Conexão Criminosa, coordenada pela DRCI, contou com apoio das equipes das Delegacias Especializadas em Crimes Fazendários (DEFAZ) e de Combate à Corrupção (DECCOR). Todo material apreendido será analisado e submetido a perícia, bem como subsidiarão as diligências que seguem em andamento para conclusão das investigações.
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