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Onze acusados de desviar milhões de empresa em Sinop são indiciados

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A Polícia Civil indiciou 11 pessoas por furto e organização criminosa na conclusão do inquérito policial da operação “Confidere”, deflagrada no dia 31 do mês passado, em Sorriso, Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, Rondonópolis. Na oportunidade foram presas pessoas envolvidas em um esquema milionário de desvio de mercadorias de uma empresa de metalurgia, com sua matriz em Sinop.

O inquérito policial das investigações iniciadas pela Polícia Civil em Sorriso foi encaminhado ao Fórum da Comarca de Sinop, em razão da competência e por ser a cidade onde os crimes teriam sido praticados. As investigações foram presididas pelo delegado de Sorriso, Bruno Sérgio Magalhães Abreu, e pelo delegado de Sinop, Ugo Ângelo Rech de Mendonça.

Entre os indiciados estão os cinco gerentes da empresa, inclusive um deles apontado como o líder da quadrilha e gerente de vendas da empresa, além de receptadores e parentes dos envolvidos. O principal articulador do esquema, um dos gerentes da empresa, além dos crimes de organização criminosa e furto, foi indiciado por lavagem de dinheiro juntamente com a sogra, que teve um carro comprado com o dinheiro movimentado da conta corrente dela e depois colocado em seu nome.

Conforme o delegado Bruno Abreu, o material apreendido revelou provas contundentes contra o ex-gerente, como canhoto de cheques e planilhas, referente a  valores repassados a integrantes e  recebidos dos receptadores. Foram encontrados comprovantes de mais de R$ 200 mil em móveis. Somente na compra de uma casa foi transferido R$ 1,250 milhão de sua conta bancária. Na decoração da casa, gastou mais de R$ 30 mil na compra de cortinas. Houve apreensão de comprovantes da compra de relógios de mais 30 mil, sofá de R$ 22 mil e R$ 60 mil, em utensílios domésticos e eletrônicos.

Isso, segundo os delegados, são apenas alguns detalhes da vida de luxo que o principal articulador do esquema levava. O inquérito policial foi finalizado com cinco volumes de provas coletadas nas investigações, depoimentos e interrogatórios dos envolvidos.

Na investigação, a Polícia Civil pediu o sequestro de mais de R$ 7 milhões em bens móveis e imóveis, que teriam sido adquiridos pela organização criminosa. São casas, automóveis, terrenos e até uma fazenda, comprados pelos principais envolvidos, os cinco funcionários da empresa de fabricação e exportação de aço e metal.

Durante a operação, em Sinop, a Polícia Civil apreendeu duas motocicletas BMW, uma moto Kavasaki  dois automóveis BMW, sendo um avaliado em R$ 200 mil; uma Toyota Hilux nova no valor de R$ 190 mil; uma Saveiro Cross; um Pálio Atractive e uma GM S-10.

A maioria dos bens estava em nome do gerente de vendas, apontado como o líder da quadrilha, que também têm casas e outros imóveis na região, como fazenda e terrenos.

A investigação iniciou em janeiro deste ano, depois de denúncia da empresa por suspeita de que gerentes de alta confiança do estabelecimento estariam desviando materiais, por meio do cancelamento de notas fiscais. O prejuízo ultrapassa os R$ 15 milhões.

Conforme Só Notícias já informou, foram detectadas 1.200 notas fiscais emitidas e canceladas pela empresa credora no período de 2 anos, totalizando mais de R$ 13,5 milhões em mercadorias supostamente devolvidas ou desistência de  compras.

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