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Oito são presos e casas de prostituição são fechadas em Mato Grosso

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Oito pessoas foram presas na operação “Rufião”, deflagrada pela Polícia Civil de Cáceres (225 km a Oeste), ontem. Cinco delas foram detidas na região de Cáceres, duas em Mirassol D’Oeste e um em Cuiabá. Todas são acusados de comandar uma rede de exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes. A operação foi realizada em conjunto com a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres.

De acordo com o delegado regional de Cáceres, Aldo Silva Costa, os presos são proprietários de bares, boates, cujos ambientes eram usados para a prostituição. Entre os presos, há também “agenciadores” de mulheres, inclusive menores de 18 anos, usadas em “programas sexuais”. Algumas mulheres e adolescentes eram “agenciadas” em Cuiabá e levadas para região.

As investigações tiveram início no mês de maio de 2007, com a interceptação telefônica, autorizadas pela Justiça, de algumas pessoas. O processo investigativo foi realizado pela Gerência de Investigações Gerais (GIG) da regional de Cáceres.

Das condutas de cada um, a polícia apurou que dois dos acusados “agenciavam” adolescentes em Cáceres, que eram levadas para Mirassol D’Oeste, onde eram usadas em programas. A polícia descobriu, que lá elas ficavam em bar de propriedade da irmã de um deles. No momento das buscas, duas adolescentes foram resgatadas pela polícia. Elas estavam escondidas em baixo de uma cama.

De acordo com a delegada Elisabete Garcia Reis, que responde pela Delegacia de Defesa das Mulheres, uma adolescente de 13 anos mantinha um relacionamento amoroso com a dona do bar. O bar foi fechado pelo juiz da Comarca de Cáceres.

As escutas telefônicas confirmaram as suspeitas contra a proprietária do estabelecimento denominado “Bar da Sônia”. Nas gravações, fica claro que ela contactava clientes e ofereciam meninas para “programas sexuais”. Em uma das ligações ela oferece uma menina de doze anos de idade.

Outro preso foi autuado por uso de documento falso, tráfico de entorpecentes. Ele usava o nome falso de Luiz Carlos Oliveira Sales. Em poder dele foi apreendida uma pequena quantidade de substância semelhante à maconha. O rapaz tem passagens na polícia pelos crimes homicídio e roubo e agora vai responder por mais dois crimes (tráfico e uso de documento falso).

Os presos serão indiciados pelos crimes de rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça, pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa); favorecimento da prostituição (induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone, pena de reclusão de 2 a 5 anos); casa de prostituição (manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente, pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa) e corrupção de menores (corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 e menor de 18 anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo, pena de reclusão de 1 a 4 anos).

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