quinta-feira, 25/abril/2024
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Morte de advogada em Alta Floresta ainda não foi esclarecida

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Já se passaram um ano e dois meses desde o assassinato da advogada Irene Bricatti e até agora ainda não há indiciados no inquérito que apura seu assassinato. Irene Bricatti foi executada com oito tiros de pistola em 13 de abril de 2004, em Alta Floresta.
O inquérito já passou pelo crivo de vários delegados. Hoje, o delegado Luciano Inácio, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), preside o caso. Segundo o jornal A Gazeta, até mesmo um delegado da cidade, Tarcísio Mendonça, chegou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil por manter relações de amizade com pessoas suspeitas do crime.

Não foi comprovado crime algum pelos dois delegados corregedores – José Antônio Cavadas e Geraldo Magella, que foram à cidade averiguar o que estava acontecendo. O delegado Mendonça levou uma advertência na ficha, de acordo com informações do corregedor geral adjunto da PC, Paulo Vilela. Atualmente, ele se encontra de licença médica.

Luciano Inácio, procurado pela reportagem, informou que o inquérito sobre a morte da advogada corre sob segredo de Justiça mas que as investigações são complexas. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Para a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT) e o viúvo de Irene, o advogado Suetônio Paz, Irene morreu pelo trabalho que fazia junto a questões agrárias. Ela defendia posseiros que se instalaram em duas áreas distintas da região.

“Tenho certeza de que se fosse uma missionária estrangeira que tivesse morrido (em alusão à morte de Dorothy Stang, executada a tiros em 12 de fevereiro, em Anapu, PA), o Congresso inteiro teria vindo aqui, mas esse não é o caso, não existe nenhuma ONG pra custear o trabalho”.

Irene Bricatti, 43, trabalhava em dois processos envolvendo grandes demandas de terras. Um em Aripuanã, em uma área de 45 mil hectares, pertencente ao empresário Euclides Dobli. O segundo processo diz respeito à Gleba Mandacaru, que fica em Paranaíta, onde houve a revenda de áreas para pequenos agricultores por posseiros que estavam na propriedade. A área de 60 mil hectares pertence ao também empresário Edson Carvalho.

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