domingo, 5/maio/2024
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Ministro recebe cobranças de caminhoneiros de MT e bloqueios podem ser suspensos

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O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, recebeu, esta tarde, em Brasília, caminhoneiros mato-grossenses acompanhados dos senadores Blairo Maggi e José Antonio Medeiros que entregaram a pauta de reivindicações da categoria para encerrar os manifestos com bloqueios nas rodovias federais, que completaram hoje 12 dias. O empresário do setor de transportes, Gilson Baitaca, de Lucas do Rio Verde, que faz parte da organização do manifesto, disse ao ministro que "paramos como caminhoneiros e não motivados por sindicatos e associações. O setor inteiro do transporte está em decadência há um longo período e chegou no fundo do poço. Agora redigimos um documento, incluindo algumas pautas", expôs. Ao final do encontro, Baitaca apontou que o ministro assinou a nossa ata de reivindicações. Foi cobrada tabela de preços mínimos para o frete, prolongamento da dívida dos Finames, dos contratos já firmados, a sanção integral da lei dos caminhoneiros que regulamenta a profissão, sem vetos, redução de 5% do PIS/COFINS sobre o preço do óleo diesel, a ‘liberação’ das multas aplicadas aos representantes do movimento de paralisação, entre outras questões.

“Tivemos grande dificuldade em localizar lideranças representativas. É preciso que vocês se organizem. Quanto à redução do PIS/COFINS em 5%, não é pouca coisa no diesel, achamos importante, mas não temos condições por conta da política de ajuste fiscal do governo. Isso para mim não resolve o valor do preço do frete. Não podemos trabalhar com essa possibilidade. O que podemos e vamos fazer é garantir que nos próximos seis meses não terá ajuste do diesel”, respondeu o ministro. Sobre a tabela mínima de frete, Rossetto foi taxativo. “Vamos construir uma tabela mínima referencial. Diferente da tabela que estipula preço mínimo. Não sabemos ainda se será por região, tipo de carga. O que quero dizer é que estamos dispostos a mediar isso como nossa primeira pauta para uma reunião que deve acontecer no próximo dia 10”, prometeu.

O ministro já havia se reunido com caminhoneiros de outros Estados, há alguns dias, ouviu reivindicações e o governo havia anunciado acordo e o fim do manifesto, o que não ocorreu. O governo inclusive acionou a justiça para liberar as rodovias e usar a força policial, o que ocorreu em alguns Estados.

Um novo encontro com o ministro deve acontecer nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, e outro no próximo dia 10, em Brasília, entre ministros e lideranças representativas de caminhoneiros de todo o Brasil, no Ministério dos Transportes, e contará com a presença do presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O primeiro item da pauta é a elaboração de uma tabela referencial para o preço do frete, acordada entre empresários e trabalhadores autônomos. A regulamentação da Lei do Motorista deve ser outro ponto alto do encontro.

Conforme Só Notícias já informou, nesta segunda-feira, em Mato Grosso, houve bloqueios na BR-163 em Lucas do Rio Verde e Sorriso, com intervalos de duas horas, na hora do almoço, para passagem de carretas e caminhões carregados, foi retomado à tarde e a pista liberada por volta das 19hs. Em Nova Mutum e Sinop, o tráfego voltou a ser bloqueado hoje. Cuiabá e Rondonópolis não tiveram manifestos. Nesta terça-feira, a tendência é dos protestos continuarem.

Com a liberação dos trechos de Rondonópolis e Cuiabá, e com intervalos nos bloqueios nas demais cidades das regiões Médio Norte e Norte, mais cargas de combustível estão sendo transportadas para cidades do Nortão onde há considerável desabastecimento, como é o caso de Sinop. Algumas carretas de postos e de TRRs carregaram nas distribuidorias na capital e na base em Alto Taquari e estão seguindo para o Nortão.

Os postos receberam cotas, no final de semana, e hoje, no final da tarde, bem poucos ainda tinham gasolina, etanol ou diesel nas bombas. Diretores de dois grupos ouvidos, por Só Notícias, apontam que serão necessários 15 dias para normalizar o abastecimento nos postos devido ao tempo que carretas carregadas – e vazias que perderam dias nas filas para irem carregar- ficaram paradas.

Em instantes, mais detalhes

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