Mato Grosso está entre os Estados com maior quantidade de mortes violentas no país. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), ocupa 4º lugar no lista de mortalidade no trânsito e 5º de homicídios. A maioria das vítimas, em ambos os itens, é homem. A cada 100 mil habitantes do sexo masculino, 53, 5 é assassinado e 49,3 sofrem acidentes fatais.
A pesquisa foi divulgada ontem e faz parte dos Indicadores do Desenvolvimento Sustentável 2010 (IDS). Em relação aos homicídios, Mato Grosso tem 30,5 ocorrências para cada 10 mil habitantes. O índice está 5,1 pontos acima da média nacional que é 25,4. O Estado ficou atrás de Alagoas (59,5), Espírito Santo (53,3), Pernambuco (53) e Rio de Janeiro (41,5).
Os dados usados pela entidade para análise são de 2007 e segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o índice caiu em 2009 para 29,48 para cada 100 mil habitantes.
O secretário-adjunto de Segurança Pública da Sejusp, Alexandre Bustamante, explica que parte das vítimas já tiveram passagem pela Polícia por crimes relacionados ao tráfico de drogas, que é dominado pelos homens. Por este motivo, há mais assassinatos de pessoas do sexo masculino.
Ele afirma que 80% dos casos são solucionados e o órgão está investindo na capacitação dos servidores para dar mais agilidade na repressão. Também há investimentos em campanhas educativas para crianças e adolescentes.
Outra medida é a realização de uma pesquisa detalhada para saber, com critérios científicos, motivos que influenciam a ocorrência de crimes. A análise será paga com recursos federais.
A quantidade de homicídios, conforme Bustamante, está ligada ao número de habitantes. O aglomerado urbano, Cuiabá e Várzea Grande, bem como as cidades pólos, como Rondonópolis e Cáceres, têm mais ocorrências.
No ano passado foram registrados 825 homicídios no Estado, sendo que 205 aconteceram em Cuiabá e 100 em Várzea Grande. Este ano, a perspectiva é manter a quantidade de registros, já que no primeiro semestre foram 433 casos. A reportagem entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para comentar os dados, mas não obteve retorno.