A localização de três corpos do sexo feminino ontem, em uma região de mata distante cerca de 3 a 5 quilômetros da comunidade Monte Alto (15km de Itanhangá), cria fortes evidências de serem Sônia Maria da Silva, 37 anos, e as filhas Débora Cristina da Silva Giordani, 17, Daniele Érica Giordani, 11. As três, mais o comerciante Reny Adolfo Giordani, 69, desapareceram misteriosamente há mais de trinta dias em Itanhangá (200km de Sinop).
Apesar dos exames de identificação ainda estarem sendo realizados para a polícia há fortes indícios de serem os integrantes da família. Isto levando-se em conta as roupas utilizadas. Ontem à tarde populares e a Polícia Militar chegaram às vítimas depois de encontrarem a GM C-20, vermelha, ano 1993, com carroceria de madeira, placa JYW 9807. A caminhonete também havia sumido.
Alguns metros a frente estavam os três cadáveres, semi-enterrados e com sinais de agressão física. Para tentar ocultá-los, pedaços de galho, madeira foram utilizados. As três estavam em avançado estado de decomposição. “Foram encaminhadas para o médico legista [em Sorriso] e será feita tentativa de reconhecimento pela arcada dentária. Em não sendo possível faremos DNA. Há outros elementos de identificação como as roupas”, esclareceu o delegado de Tapurah, Marcelo Torhacs, em entrevista ao Só Notícias.
A localização dos supostos corpos que podem ser de Sônia e as filhas derruba uma das linhas da polícia de que o crime poderia ter ocorrido com a participação da matriarca. Agora, novos fatos devem ser apurados, entre os quais latrocínio – roubo seguido de morte.
Neste sábado a Polícia Civil ouvirá testemunhas que encontraram os corpos. A família desapareceu da casa onde morava e onde também funcionava uma mercearia. Na residência, havia uma espingarda quebrada com sangue no cabo, vários objetos revirados e roupas espalhadas.
O primeiro corpo a ser encontrado foi de um homem e pode ser Reny. Estava às margens do Rio Miguel, em um local usado para pescaria.