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Laudo do IML contraria versão de ataque de onça e conclui que homem foi assassinado no Nortão

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Só Notícias/Kelvin Ramirez e Lucas Torres(foto: Só Notícias/Lucas Torres)

O perito criminal Nilton Dalberto e a técnica de necropsia Simoni Edna, da Politec de Sorriso, confirmaram, há pouco, que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Dinalto Machado Lopes, de 53 anos, encontrado morto em uma fazenda a cerca de 42 quilômetros de Tapurah (204 quilômetros de Sinop), na última quarta-feira, foi vítima de homicídio e não atacado supostamente por uma onça.

Segundo o perito, as análises preliminares no local já apontavam para um assassinato. “Quando chegamos no local, o corpo já havia sido removido, estava dentro de uma ambulância. Nesse momento dentro de processar o local onde o fato ocorreu, nos fizemos uma avaliação preliminar nesse cadáver e já nessas primeiras avaliações, eu e minha colega já levantamos algumas suspeitas porque não tinha padrões de um ataque de animal silvestre, pelo contrário, tinha características bem típicas de lesões causadas por arma branca e nenhum lesão ou qualquer outro vestígio de ataque animal”, detalhou.

“Depois dessa análise, buscamos vestígios no local. Também no local não encontramos qualquer vestígio que indicasse esse suposto ataque do animal, pelo contrário, encontramos fartos vestígios de que foi uma ação humana e não de um animal silvestre. Tinha uma concentração de sangue e marcas de arraste. Nessa concentração não tinha nenhum tipo de marca de animal, garras ou qualquer envolvimento de terra. Pelo contrário, encontramos uma tentativa de esconder essa mancha de sangue. Algumas vegetações próximas foram arrancadas e depositadas sobre essa mancha. Além disso, a dinâmica do arraste seria impossível para um animal”, acrescentou.

A técnica de necropsia, Simoni Edna, detalhou sobre as lesões encontradas na vítima. “Quando chegamos no local e fomos fazer o perinecroscópico, constatamos algumas lesões diferentes de uma causada por animal silvestre. O punho dele tinha um corte perfeito, preciso, tinha lesões de defesa, na região do crânio sinal de lesões corto contusas, porém, nenhuma lesão de fratura de crânio que geralmente um animal silvestre faz, ele acaba lesionando e naquele cadáver não constatamos nada”, apontou. 

Além de lesões por arma branca, a equipe da Politec também constatou ferimentos por arma de fogo. “Constatamos uma lesão no tórax, um orifício, no local não dava para saber o que tinha causado aquela lesão, talvez uma mordida, um disparo de arma de fogo. Tudo isso foi feito uma análise mais aprofundada aqui no IML com o médico legista, constatamos que tinha mais três perfurações. É lesões corto contusas na região do crânio, perfeita, não tinha fratura, aí dá uma descaracterizada numa mordida de animal silvestre, e as dissecações no punho. Disparo de arma de fogo no tórax, inclusive um projétil subcutâneo, foi encontrado aqui em exames no IML”, concluiu.

A Polícia Civil de Tapurah está realizando hoje diligências com cumprimento de mandados no município a suspeitos do crime. Ainda não foram dados mais detalhes sobre as buscas. 

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