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Juíza estipula fiança de R$ 500 mil e autoriza soltar fazendeiro acusado de matar onça em Mato Grosso

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

A juíza Kátia Rodrigues Oliveira autorizou a soltura do fazendeiro preso pela Polícia Civil, nesta segunda-feira, acusado de matar uma onça-pintada em Poconé (104 quilômetros de Cuiabá). O suspeito teve o mandado de prisão preventiva cumprido após comparecer espontaneamente na delegacia do município, na presença de um advogado.

O fato de o fazendeiro ter se entregado foi apontado pela magistrada, a qual entendeu que o acusado demonstrou interesse em assegurar o devido processo penal. “Sendo assim, no presente momento, não há indícios de que o indiciado poderá colocar em risco a instrução criminal ou inviabilizar a aplicação da lei penal, pois, não há elementos concretos que convençam de que o mesmo possa influir negativamente na colheita das provas ou que pretende fugir”, disse a juíza.

A magistrada estabeleceu uma fiança de 413 salários mínimos, o equivalente a cerca de R$ 500 mil. O suspeito ainda terá que comparecer a todos os atos processuais, não poderá frequentar bares, terá que usar tornozeleira e não poderá mudar de endereço sem autorização judicial.

Conforme Só Notícias já informou, na semana passada, a equipe da Delegacia de Poconé em parceria com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) montou uma força-tarefa na região para localizar o suspeito que estava foragido desde o início do mês. Segundo o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira Júnior, no período em que esteve foragido, o fazendeiro estava escondido no estado de Mato Grosso do Sul.

Ao se apresentar nesta segunda-feira, foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva e, no interrogatório, o suspeito permaneceu em silêncio. Além da morte do animal silvestre, o acusado também deve responder por guardar produtos oriundos de animal silvestre, porte ilegal de arma de fogo e posse irregular de arma.

O suspeito teve a prisão preventiva decretada com base nas investigações da Polícia Civil em razão de um vídeo que circulou na internet, em que aparecia ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal. Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime dizendo que matou a onça, e ainda vilipendia o corpo do animal silvestre, dizendo que “não valia nada” e que, se fosse uma fêmea, “aproveitaria para ter relações sexuais”.

De acordo com informações preliminares obtidas nas investigações da Polícia Civil, o suspeito teria outras armas de fogo, além de couro, patas e outros materiais decorrentes de caça ilegal de animais silvestres em sua casa e na sua fazenda.

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