O homem, de 46 anos, foi solto após audiência de instrução. Ele estava preso desde 1º de março, suspeito aliciar, assediar, ameaçar e oferecer bebida alcoólica a duas adolescentes, 14 e 15 anos, no bairro Santa Izabel, em Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop). Uma mulher, 21 anos, também relatou ter sofrido assédios. Agora, ele aguardará julgamento em liberdade.
Em depoimento, uma testemunha confirmou que ouviu duas das supostas vítimas fazendo telefonemas logo após os possíveis crimes. Elas diziam que “a parada deu ruim, não deu para fazer o corre”, pedindo que outra pessoa fosse busca-las.
Outra testemunha afirmou que encontrou o investigado no hospital, sem condições até mesmo de sair do carro, com sinais de sonolência e, aparentemente, estava dopado. Ele apresentava ferimentos na face, disse que chegou a ser esfaqueado e foi atendido.
À época dos fatos, a ocorrência começou com uma possível tentativa de homicídio contra o investigado. Os policiais foram informados que ele havia sido encaminhado ao hospital. Ele se comunicava de forma confusa e disse que teria sido vítima de um homem e uma mulher, que invadiram sua casa para agredi-lo e depois fugiram.
Consta ainda no registro da ocorrência que ele não quis denunciar a suposta tentativa de homicídio e disse que apenas queria passar pelos atendimentos médicos, receber curativos e retornaria para casa.
Neste tempo, uma das possíveis vítimas acionou a PM informando ter sido estuprada e agredida, contando que ela e mais duas amigas estavam na casa do homem agredido e que foram obrigadas a tirarem as roupas e terem relação sexual com ele. As outras duas vítimas também procuraram a PM para denunciar o mesmo suspeito.
De acordo com os relatos no documento, as três foram convidadas a irem até a casa e no local ingeriram bebida alcoólica. Em certo momento, o investigado se alterou, pegou uma arma e as forçou a dançar e manter relação sexual sob ameaça. As vítimas contaram que ele chegou a apontar a arma para a cabeça delas, o que está sendo investigado.
Durante os assédios, uma das mulheres conseguiu pegar uma garrafa de vidro, arremessar na cabeça dele para fugir. Diante dos relatos, o homem foi procurado em sua residência, mas não estava no local. Em diligências, foi preso em um carro e em busca veicular um simulacro de arma de fogo foi encontrado.