Duas pessoas foram identificadas como autores de disparos de arma de fogo feitos durante o show de uma cantora sertaneja, em Sorriso, no dia 27 de agosto, já no final do evento. Um dos tiros atingiu um jovem, no rosto e outra pessoa foi ferida, de raspão, no abdômen. O delegado Marcelo Miranda Muniz esclareceu que autores são dois moradores da cidade e foram identificados, por meio das oitivas de testemunhas, vítimas e de seguranças. As circunstâncias dos disparos e a identidades dos autores foram esclarecidas pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa, de Cuiabá, que compôs a força-tarefa em Sorriso.
Inicialmente, havia sido informado que os tiros poderiam ter partido da arma de policiais que faziam uma força-tarefa na cidade. Porém, essa hipótese foi descartada pela Polícia Civil. “Os suspeitos não são policiais civis nem militares de nenhum dos órgãos de segurança da força-tarefa de repressão a criminalidade”, informou a assessoria.
A investigação aponta que os suspeitos estavam na ala vip do evento, onde ficam os camarotes e bangalôs. Assim como uma centenas de pessoas, teriam entrado sem serem revistados pela segurança. “Na investigação, os seguranças confirmaram que houve determinação para não revistar os convidados dessa ala, devido ao poderio econômico e para que não houvesse constrangimentos”.
A Polícia Civil informou que os disparos ocorreram em dois momentos durante o show e ambos ocasionados por desentendimento entre dois grupos. No primeiro, houve uma discussão envolvendo uma mulher, que acompanhava um dos suspeitos, com um grupo de mulheres. Um deles entrou para apartar a briga e nisso uma pessoa jogou um copo de cerveja que atingiu o suspeito. Este saiu com o amigo na direção que o copo foi atirado e encontrou um rapaz. Acreditando que era a pessoa que arremessou o copo, abordaram ele mandando ele sair do evento e ainda se identificando como "policial civil", quando um deles atirou na direção do rapaz, que foi atingindo no rosto.
"A primeira vítima sofreu uma tentativa de homicídio, pois o tiro foi em sua direção. A segunda, não retirou o dolo eventual do suspeito, no mínimo, é culpa consciente", disse o delegado Marcelo Muniz. As investigações apuram envolvimentos de outras pessoas.