O exame pericial feito por um laboratório de Maceió (AL), confirmou que o corpo encontrado em agosto do ano passado, em um matagal de Juara (300 km de Sinop), decapitado e sem os órgãos genitais, é de Alexandro Gomes da Silva. O exame foi feito através de um pedaço do osso do fêmur de Alexandre e de uma amostra de DNA de sua mãe, Anália Medeiros da Silva.
Segundo informações do Instituto Médico Legal de Sinop, que recebeu os resultados do exame ontem, o resultado apontou como sendo de Alexandre o corpo. Na época do ser desaparecimento, Alexandre estava trabalhando em uma barraca na 13ª Expovale e era integrante do Rotaract. O crime é creditado a um grupo de extermínio que vinha agindo em Juara e seria formado por policias do município. O delegado de Juara, Joaz Gonçalves, pode concluir ainda este mês o inquérito que investiga o grupo
A possível existência do grupo de extermínio começou a ser levantada em agosto do ano passado, quando foi encontrado o corpo de Alexandro. Dois meses depois, o corpo do ex-presidiário Ricardo Campos, foi encontrado, também decapitado. Mais duas corpos foram localizadas nos meses seguintes, sendo que todas foram decapitadas e tiveram os órgãos genitais arrancados.
Outros dois assassinatos na cidade, podem ser atribuídos ao grupo. As suspeitas começaram a recair sobre os policiais quando a Polícia Civil descobriu que eles estavam ameaçando Ricardo Campos. Testemunhas contaram à polícia que no dia que foi assassinado, Ricardo teria contado que ia se encontrar com um policial.
A polícia descobriu também vários contatos telefônicos entre a vítima e o suposto executor. Os suspeitos já prestaram depoimento ao delegado Joaz Gonçalves e negaram todas as acusações. De acordo com o delegado, os policiais transferidos para Sinop estavam ameaçando as testemunhas.