quarta-feira, 24/abril/2024
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Homem liberta refém depois de 5 horas e se suicida em Tangará da Serra

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Denésio Nunes da Silva, 33 anos, se suicidou depois de manter por mais de cincos horas a jovem Karine Pavlak, 21 anos, como refém. O fato ocorreu na madrugada de ontem, por volta das 0h10 até as 5h15, na rua 28 A, n° 346 W, no Jardim Tangará II. A ação, comandada pelo major da Polícia Militar Brito Júnior, contou com a participação de 20 PMs.

De acordo com o tenente PM Rodrigo Eduardo Costa, encarregado pelo coronel Vitor Hugo de repassar as informações à imprensa, a Polícia Militar foi informada através de uma ligação telefônica de que um homem havia invadido uma residência no bairro Tangará II e, armado, mantinha uma jovem como refém. A guarnição se deslocou até o local e sob o comando do major Brito Júnior iniciou as negociações com o sequestrador. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar atendimento à duas mulheres (mãe e filha) que já haviam conseguido se evadir da casa e chamaram a PM. “As negocições iniciaram com o objetivo claro de preservar a vida da jovem como também a do sequestrador, tanto que um PM que estava de folga mas conhecia o elemento foi chamado, mas não conseguiu convencê-lo a se entregar. O sequestrador gritava que não tinha mais motivos para continuar vivendo, por isso iria matar a jovem e depois acabar com a própria vida”.

O tenente Eduardo relata que Karina, a jovem refém, depois de conseguir fugir, informou que ele a soltou, e aos poucos ela foi se afastanto até chegar na parte externa da casa. “O indíviduo saiu atrás da jovem, mas ao perceber a presença da Polícia Militar, retornou e se trancou na residência. Foi quando ouvimos um disparo de arma de fogo. Ao entrarmos no local, o encontramos morto e a arma ao lado do corpo. Nesse momento a Polícia Civil foi acionada”.
O major informou que não chamou a PJC em razão das negociações estarem “acirrradas” e naquele momento julgou melhor prosseguir com a ação.

Reclamação: O delegado regional da Polícia Judicial Civil, José Abdias Dantas, não concorda com a atitude tomada pela Policia Militar, frisando que o trabalho das polícias devem ser feitos de forma integrada, como determinado pelo secretário estadual de Segurança Célio Wilson Oliveira e pelo diretor geral da PJC, Ramel Luis dos Santos. “Em qualquer ocorrência a polícia deve preservar a vida e em último caso usar a arma de fogo. Nos casos de seqüestro deve-se buscar a negociação. A sociedade exige dos policiais, os quais estão preparados e participam de cursos que são propiciados pelo Governo, tanto para a PM como para a PJC, de gerenciamento na área. O trabalho da PM e da Civil tem quer ser integrado. O relacionamento com a cúpula da PM é bom, porém na parte operacional não tem funcionado”, declara.

O delegado destaca que foi informado da ocorrência pelo delegado Adriano Peralta Moraes, que estava de plantão e reclamou não ter sido informado do fato pela PM. “O índice de credibilidade da população em relação ao serviço prestado pela polícia do Mato Grosso tem melhorado nos últimos anos, e deve ser mantida essa confiança”, declara o delegado.

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