Três mortes violentas e uma localização de corpo em um freezer marcaram o plantão policial do feriado de 7 de Setembro em Cuiabá. O caso mais estranho aconteceu com Fábio Alessandro Olímpio da Silva, 28, encontrado morto em equipamento de refrigeração para guardar refrigerantes, em um bar no bairro Jardim Leblon. O susto ficou por conta de um cliente do bar, que é policial, que pediu um refrigerante ao proprietário Firmino Pinheiro da Silva, 63. “Seo” Firmino pediu que ele pegasse a bebida quando se deparou com o corpo dentro do frezer. Ele, que mora há 34 anos no bairro, disse que conhecia muito o jovem, que sempre varria o bar e fazia pequenos serviços. Na noite de sábado ele teria passado pelo local, pouco antes de fechar, e dito que estava sendo perseguido por pessoas que queriam matá-lo. De acordo com frequentadores, ele aparentava estar sob efeito de drogas. Firmino disse que foi o jovem que o ajudou a fechar a porta do bar. De madrugada ainda foi visto perambulando pelas ruas do bairro.
O proprietário acredita que Fábio pulou o muro e entrou no frezer para se esconder, quando acabou morrendo por asfixia por confinamento, como atestou laudo preliminar do IML. Fábio apresentava escoriações nas pernas e joelhos e um hematoma na cabeça e o caso será investigado pela delegada Anaíde Barros, adjunta da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Anaíde, que esteve no local na manhã de domingo, acredita que Fábio teve um surto, em decorrência do uso de drogas e por achar que estava sendo perseguido, se escondeu no frezer, onde acabou dormindo. Mas os laudos da perícia serão fundamentais para mostrar se houve ou não agressão da vítima por terceiros, antes de morrer pela falta de oxigênio.
O último crime do fim de semana aconteceu na madrugada de ontem, próximo ao terminal rodoviário de Cuiabá. O morador de rua Fabiano Marques de Souza, 27,foi executado com dois tiros na cabeça e o companheiro Pedro Pereira da Silva, 22, levou um tiro de raspão na cabeça. Assustado, Pedro fugiu do Pronto Socorro de Cuiabá, com medo, antes de receber atendimento médico.
Ele disse que por volta das 4h40, um homem discutiu com Fabiano. Depois de sair do local retornou, já armado com um revólver e fez vários disparos. Dois acertaram a cabeça de Fabiano e um atingiu Pedro de raspão na cabeça. O atirador usava uma touca preta, camisa amarela e bermuda. Fabiano tombou diante da calçada do escritório de uma empresa de ônibus, na área do terminal.
No mês já são sete homicídios, um roubo seguido de morte e uma localização de cadáver a serem investigados pela polícia nos sete primeiros dias do mês.