O gerente de um bar, localizado no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo (SP), é o principal suspeito de assassinar Débora Soriano de Melo, 23 anos, no último dia 14. A jovem, que era natural de Cáceres (218 quilômetros de Sinop), morava no bairro de Vila Nova Curuçá (zona leste) e estudou Processos Gerenciais na Faculdade Carlos Drummond de Andrade, na capital paulista.
A principal versão apurada pela Polícia Civil, com base em relatos de testemunhas, é que Débora tenha sido estuprada e, em seguida, golpeada na cabeça por um taco de beisebol. A ocorrência foi registrada pelo dono do bar onde a vítima foi vista pela última vez. O homem de 34 anos acusa o primo, que era gerente do estabelecimento, pelo assassinato da mato-grossense.
De acordo com o comerciante, no dia 14 de dezembro, o suspeito o ligou, informando que iria ao bar com duas mulheres. Horas depois, o dono do bar relatou que foi até o local, onde viu o primo, Débora, outra mulher e mais dois homens. Segundo ele, todos estavam sentados.
O proprietário do estabelecimento informou à polícia que, cerca de quatro horas depois, o primo o ligou novamente. Desta vez, segundo a testemunha, o acusado afirmou que “havia perdido a cabeça e matado uma moça dentro do bar”, a golpeando com um taco de beisebol. O empresário relatou que pediu para o primo tentar salvar a vítima, sugerindo até mesmo “respiração boca a boca”, mas este informou “de forma calma” que não adiantava mais, uma vez que a garota já estava morta.
De acordo com esta versão, o suspeito também pediu para o dono do bar não relatar o caso à polícia, pois pretendia “sumir com o corpo da vítima”. O empresário, no entanto, acabou comunicando o crime na 18ª Delegacia de Polícia Civil. Assim que ouviram o relato, policiais foram até o bar, onde encontraram o corpo de Débora com hematomas nas partes íntimas, rosto e cabeça. Havia ainda fios enrolados em seu pescoço.
Segundo divulgado pelo jornal Carta Capital, Débora também estava sem calcinha e com a saia levantada na altura do quadril. Para confirmar se Débora foi vítima de violência sexual, a Polícia Civil solicitou exames sexológico, toxicológico e subunguial.
Segundo a polícia, o gerente do bar, acusado pelo crime, tinha um mandado de prisão em aberto pelos crimes de estupro e roubo. Ele continua foragido. Os investigadores também procuram pistas dos dois rapazes e a outra garota que estavam no bar, em companhia de Débora, no dia do crime. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “testemunhas foram ouvidas e os policiais da unidade estão trabalhando para localizar e prender o criminoso”.