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Frustrada tentativa de resgatar presos em Mato Grosso

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Dois homens tentaram explodir um dos muros da Cadeia Pública de Capão Grande, em Várzea Grande, para facilitar a fuga de presidiários. Mesma estratégia que foi usada na Penitenciária Central do Estado (PCE) há 25 dias quando 35 presos conseguiram escapar. Desta vez o plano só não foi concretizado porque policiais que estavam em uma das torres de observação perceberam o movimento por volta das 19h30 de sexta-feira (14).

Os suspeitos efetuaram um disparo e os criminosos revidaram, mas não conseguiram atingir os militares. Diante do flagrante, a dupla fugiu do local deixando na mata o material que seria utilizado na explosão, uma sacola plástica com 1 banana de dinamite com estopim e 1 cigarro para realizar a detonação. O local foi isolado para fazer a perícia.

O comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Wilquerson Felizardo Sandes informou que guarnições realizavam uma operação em alguns bairros da região e chegaram rapidamente à unidade prisional. “Em menos de 3 minutos nossas equipes já estavam no local. Foram feitas rondas em toda a área, mas os criminosos conseguiram escapar”.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que, em uma análise técnica, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) detectou que o material explosivo deixado pelos bandidos não seria suficiente para destruir o muro. Não foi possível confirmar se eles possuíam outro artefato ou se a intenção era apenas fragilizar a estrutura. Ontem pela manhã agentes penitenciários e policiais militares realizaram uma revista em toda a unidade. O objetivo, segundo a assessoria, era verificar se as grades das celas tinham sido cerradas e se havia um plano de fuga em massa como ocorreu na PCE.

Nesta, os presos que estavam em uma das celas mais distantes do muro rastejaram até à parte externa. As barras de ferro que impediam a saída foram serradas por eles. Após chegar na rua, o grupo foi resgatado por equipes de apoio que estavam em 8 veículos e motocicletas, fortemente armadas. Houve troca de tiros com a Polícia e agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE), e 13 detentos foram pegos. Outros 22 conseguiram fugir em direção à região Sul do Estado.

A maioria deles ligados a assaltos de bancos, no modelo de Novo Cangaço. Nos últimos dias, mais 2 foram recapturados. Além deles, outras pessoas suspeitas de estarem envolvidas na fuga foram presas. Entre elas uma advogada. Todas as negociações do plano teriam sido feitas na casa da acusada. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) ainda investiga o caso e não descarta o envolvimento de servidores.

 

 

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