O ex-delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Arnaldo Agostinho Sottani, 45 anos, foi transferido para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Ele foi preso, na última segunda-feira, em uma ação conjunta do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Polícia Federal, transportando 150 quilos de cocaína. Sottani foi removido do hospital de Barra do Garças para a capital. O helicóptero do Ciopaer chegou ao CCC, ontem, por volta das 16h.
Sottani ocupa uma das 34 vagas da unidade destinada a presos com curso superior. Durante a ação que resultou em sua prisão, o ex-delegado foi atingido por um disparo de arma de grosso calibre na perna direita e depois receber atendimento médico no local da prisão, em General Carneiro, foi removido para Barra do Garças.
Segundo a Polícia Federal, além de Sottani, três dos outros quatro homens que foram abordados com ele foram indiciados por tráfico. Um deles foi liberado pelo delegado federal Rafael Valadares, que não teve convicção de sua participação no tráfico.
O grupo já era monitorado. Parte estava em terra e o ex-delegado tinha um acompanhante na aeronave. Ao perceber que seriam abordados pelos policiais, Sottani, que pilotava a aeronave com o entorpecentes, jogou ela contra os policiais. Houve troca de tiros e ele foi atingido.
Além da aeronave, um caminhão e um veículo foram apreendidos. Segundo a Polícia Federal, o ex-delegado ainda não foi ouvido, mas isto deverá ocorrer tão logo tenha liberação médica. Mas já foi autuado pelo crime. Em relação à continuidade do atendimento médico, a assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) garante que o preso terá acompanhamento de agentes prisionais em deslocamentos para atendimento fora da unidade prisional, caso seja necessário.
Sottani, que atuava em Mato Grosso, teve sua expulsão publicada no Diário Oficial do Estado em 27 de março de 2014. A acusação seria de que o delegado tentava obter dinheiro para mudar os rumos de investigação de roubo de gado, ocorrido em 2009 no município de Carlinda. Também foi preso em 2010 e processado pelo crime de tráfico de drogas, ocorrido em Catalão (GO), mas foi inocentado pela Justiça.