
“A segregação cautelar da indiciada, neste momento, se mostra necessária para garantir a ordem pública. Diante do exposto, homologo a prisão em flagrante da acusada e a converto em prisão preventiva, o que faço com fundamento nos artigos 310, inciso II, 312 e 313, inciso I, todos do Código de Processo Penal”, consta no trecho da decisão.
Ela foi presa em flagrante e autuada por homicídio qualificado do marido, o policial militar Moshe Dayan Simão Kaveski, 28 anos, na última segunda-feira. Ele foi assassinado no Distrito de União do Norte, localizado a cerca de 80 quilômetros de Peixoto de Azevedo. Kaveski foi atingido por disparos de arma de fogo na cabeça e na região do tórax.
A mulher inicialmente informou que ambos foram abordados por uma pessoa baixa, gorda, vestindo roupas escuras. Depois, mudou a versão e contou que eram duas pessoas e que inclusive teriam roubado os aparelhos celulares dela e do marido. No entanto, o celular da vítima foi encontrado próximo ao muro da residência.
O delegado de Polícia Civil, Israel Pirangi Santos, disse que houve muita divergência nas versões apresentadas e que não há sinais de luta corporal, apesar de a mulher informar que teria ocorrido. Conforme o delegado, um dos disparos foi encostado e teria ocorrido no momento que a vítima estava agachada, soltando o cachorro da casa. Também há informações de discussão do casal horas antes.
O outro ponto que contribuiu para convicção da autuação foi o fato da mulher costumar portar a arma da vítima, em sua bolsa, como no momento dos fatos. Outro motivo é o fato da vítima estar embriagada e trajando bermuda e não ter notícias de que houve movimentação de motos no local ou latidos de cachorros. Já o homem que foi conduzido junto com a mulher à delegacia, não houve elementos para presumir eventual participação dele na morte do policial.
O corpo do soldado foi trasladado para cidade de Ponta Porã (MS), onde os familiares residem, na terça-feira.


