A Avaliação de Desempenho Individual para servidores da Polícia Judiciária Civil foi implantada para as carreiras de escrivães e investigadores. A partir do mês de outubro, todos os policiais devem encaminhar sua produtividade ao chefe imediato, que deverá ser inserida no Sistema Geia até o dia 5 do mês seguinte. A Avaliação foi instituída por resolução e funciona como instrumento de aferição do mérito e da produtividade em função das atividades realizadas e dos resultados alcançados.
A medida é aplicada à carreira de delegado desde o mês de julho e passou a valer para escrivães e investigadores a partir de 1º de outubro, visando o acompanhamento e a análise contínua do desempenho dos escrivães e investigadores da ativa.
A avaliação individual tem como principais objetivos o aumento do comprometimento do servidor, o reconhecimento e valorização do desempenho eficiente, a verificação de necessidades de capacitação para aperfeiçoamento, o subsídio da gestão de Recursos Humanos, a melhoria da prestação do serviço público e a carência de recursos humanos e estruturais.
Nos meses de agosto e setembro, representantes dos sindicatos dos escrivães e dos investigadores se reuniram com a diretoria geral da PJC para tratar dos critérios de produtividade que seriam adotados na Avaliação de Desempenho Individual das duas carreiras.
Para a presidente do Sindicato dos Escrivães, Genima Evangelista, a medida é muito positiva e veio atender um anseio da categoria. “A Polícia Civil é um conjunto formado por três carreiras que precisam ser avaliadas. Há necessidade de saber quem produz. É uma demanda do próprio Governo do Estado que estabelece que o servidor deve ser avaliado pelo merecimento. A avaliação individual vem contribuir para valorização da carreira dos escrivães”, destacou.
Nos primeiros meses de avaliação, será instituída uma comissão para análise dos critérios de produtividade, podendo posteriormente ser propostas alterações. O servidor deverá mensalmente comunicar sua produtividade, de acordo com a especialidade da unidade de lotação. Os dados darão embasamento ao Boletim Estatístico Mensal (BEM), da unidade policial, especificando a produtividade de cada servidor, para inclusão no Sistema Geia.
O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Cledison Gonçalves, acredita que a produtividade vem para medir o que o investigador está produzindo e não uma ferramenta para cometer injustiças. “O objetivo é fazer com que o serviço do investigador seja reconhecido. Agora o investigador só irá produzir se tiver condições e estrutura para isso”, destacou.