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Empresário que comprou fios de cobre furtados é por receptação em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Quatro adolescentes e duas crianças de nove anos, escalaram até o telhado da residência da vítima, invadiram a casa e furtaram praticamente toda a fiação elétrica, em Várzea Grande. Depois, foram a uma empresa de compra e venda de sucatas e venderam a fiação ao proprietário do comércio. A vítima não havia registrado o boletim de ocorrência. Ontem, os adolescentes retornaram à residência e furtaram o restante da fiação e venderam para a mesma empresa.

Pela terceira vez, o grupo de adolescentes foi ao imóvel para verificar se ainda havia mais algum produto que pudessem furtar, quando a vítima foi alertada por vizinhos e surpreendeu os adolescentes e as crianças no local, que tentaram fugir, mas foram impedidas.

A vítima acionou a equipe policial, que foi ao local e indagou aos adolescentes sobre a empresa para a qual venderam os produtos furtados. O grupo de menores de idade informou o estabelecimento e em diligências no local, os investigadores apreenderam parte do produto furtado e receptado pelo empresário.

Conforma informações da vítima, além do prejuízo com o material furtado (fiação, tomadas e lâmpadas), avaliados em três mil reais, ainda terá que arcar com o custo da mão-de-obra, orçado em cerca de R$ 1,2 mil.

A delegada da Derf, Elaine Fernandes, observa que os índices de furtos de fios de cobre refletem a postura criminosa de alguns empresários que adquirem os produtos para a revenda, mesmo cientes de que são de origem ilícita.

“Pensam somente no lucro, não se preocupando com o impacto de sua conduta criminosa na sociedade. E esse caso é ainda mais grave, pois, o empresário adquiriu os fios de cobre das mãos de crianças e adolescentes, tendo pago um valor irrisório, de R$ 122,00, mesmo sabendo que o produto possui alto valor de mercado. E pela idade do conduzido, certamente já possui experiência suficiente para saber que crianças e adolescentes não teriam o consentimento de seus pais para terem acesso a todo esse material e, mais que isso, para efetuar a venda desse produto, ou seja, o empresário sabia que estava adquirindo produto de origem ilícita”.

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