O ministro da Justiça, Tarso Genro, assegurou nessa semana que a perda de receita da CPMF não resultará em cortes no orçamento da Polícia Federal. Segundo ele, sua pasta não deve ser alvo de cortes. “Eu não fui informado sobre cortes no Ministério da Justiça. E, mesmo que sejam feitas mudanças no orçamento do ministério, eles não afetarão as atividades da Polícia Federal”, comentou.
Tarso garantiu o orçamento da PF para o próximo ano durante a apresentação do balanço das atividades do órgão em 2007. Segundo o relatório apresentado pelo diretor-geral da PF, delegado Luiz Fernando Corrêa, os policiais federais comandaram 188 operações nesse ano, 40 delas de combate à corrupção. Foram presas 2.876 pessoas. Mais de 300 eram servidores públicos e 13 policiais da própria corporação também foram detidos.
Ele disse que no próximo ano a PF deve ampliar sua atuação das regiões de fronteira para combater o tráfico de armas e drogas. Para isso, o órgão está ampliando seu efetivo no Amazonas, no Mato Grosso, no Paraná e no Rio Grande do Sul. Esses serão os Estados com maior reforço no efetivo da PF.
Operações
Foram 29 operações especiais de combate à lavagem de dinheiro, com a prisão de 592 pessoas e a identificação de R$ 3 bilhões em fraudes. Corrêa admitiu, durante a entrevista coletiva, que a Polícia Federal e a Receita Federal perderam um dos instrumentos mais importantes de investigação de crimes contra do sistema financeiro, a CPMF.
“A CPMF era uma ferramenta considerável de fiscalização. Estamos conversando com a Receita para encontrar alternativas que não posso comentar aqui. Nesse ponto, o Estado perdeu um pouco do poder de fiscalização sem a CPMF”, disse.